Fred Alves
A família de Cleane Tavares Aguiar, 29 anos, moradora de Itacajá, afirma que a dona de casa aguarda desde sexta-feira, 4 de outubro, para dar à luz no Hospital Regional de Pedro Afonso (HRPA). Segundo os parentes, ela deveria ser submetida a uma cirurgia cessaria, mas o hospital está sem anestesista.
Uma prima da paciente, que preferiu não se identificar, relatou à reportagem do Centro-Norte Notícias que Cleane Tavares deu entrada no HRPA, na sexta-feira, às 7 da manhã, já em trabalho de parto, mas teve alta no mesmo dia. Com fortes dores, a paciente retornou à unidade hospitalar no sábado, 5, onde permanece até esta terça-feira.
A família conta que a mãe já perdeu bastante líquido, teve sangramento e sente fortes dores. “Ela passou a segunda-feira reclamando de dores, e foi dopada com Buscopan para aliviar. Ela só tem a atenção das enfermeiras”, contou a prima de Cleane Tavares, lembrando que a gravidez da dona de casa é de risco, pois ela tem um cisto no ovário. Além disso, esse será o sexto filho da Cleane, que também precisa ser submetida a uma laqueadura.
“Já tentaram induzir o parto normal, mas ela não conseguiu. O caso dela é pra fazer uma cesariana”, revelou a prima da paciente, afirmando que receberam a informação de que o HRPA estaria sem anestesista para a cirurgia, já que um médico está de atestado médico e o outro viajando para Brasília (DF).
“Pedimos que a Cleane fosse transferida para o hospital de Guaraí ou Palmas, mas no Hospital de Pedro Afonso disseram que era para aguardar que o bebê vai nascer naturalmente. Temos medo que essa espera agrave o estado de saúde da mãe e da criança”, contou a familiar de Cleane.
Outras três mulheres estaria aguardando para dar a luza, na mesma situação da paciente de Itacajá.
Hospital garante que acompanha paciente
Em entrevista ao CNN, o diretor geral do Hospital Regional de Pedro Afonso, Augusto Sales, informou que desde o dia em que foi internada na unidade hospitalar, a paciente Cleane Tavares Aguiar e o bebê estão sendo monitorados por um médico cirurgião. O diretor afirmou que, a princípio, a paciente tem todas as condições de ter um parto normal, mas se o médico que está acompanhando o caso verificar a necessidade da cesariana, o procedimento cirúrgico poderá ser realizado ainda na tarde desta terça-feira, já que o anestesista chega hoje ao hospital.
“Ela não estava em trabalho de parto, se estivesse já teria dado à luz. Se fosse uma emergência ela tinha sido encaminhada para outro hospital, não seguramos pacientes. No caso dela o que ocorre é que quer fazer uma cesariana e aproveitar e fazer uma laqueadura. Mas, a indicação no caso dela é que a criança nasça de parto normal. Mas, cesariana ou normal, o caso será resolvido”, assegurou Augusto Sales.
Ele também afirmou que a mesma situação vale para as outras pacientes que aguardam para ter filhos no hospital.