Cidades

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Pedro Afonso - Terra adorada

17/07/2013 15h07 - Atualizado em 17/07/2013 15h07

Wislane Lima - Radialista

Pedro Afonso completa 166 anos. Não são apenas 166 anos entre as linhas do tempo que se galgaram aleatoriamente pela história, foram anos de conquistas e de ícones históricos que desbravaram ardentemente por uma cidade ideal. Cidade onde transpira histórias notáveis entre suas ruas e avenidas, nos idosos casarões, em seus rios de águas lindas, de seus artistas soltos por ai. E esta flor cresceu cheia de beleza e viço. Criou identidades e tradições próprias de sua gente simples e dedicada. A cidade cresceu, esbarrando nos rios aliviando seu povo que nos inspira e canta uma melodia que só o filho desta terra conhece.

O amor pela minha cidade ascende e destaca-se à cada conquista realizada neste seio de primores e esmero. Terra- mãe. Aqui, meu recanto aconchegante, que por uma dádiva tenho a felicidade de morar. Meu caso de amor espontâneo sem necessidade de pedir para lhe reverenciar. Chão que tem o poder de enfeitiçar até os mais descrentes, mas onde os pedroafonsinos desmentem: “Pedro Afonso cidade bela, berço amado onde nasci...” e os mesmo acomodam- se e retornam anos após anos para banhar-se das águas límpidas do sono e ouvir o farfalhar das copas das árvores que nos circundam e um fio tênue da janela, vindo como se sussurrando o vento estivesse.

Debaixo de cada árvore desta cidade faço minha cama, meu recôndito. Aqui é meu lar, cidade onde tive o privilégio e o prazer incontestável de vir ao mundo, região onde estou enraizada e batalho para deixar meu legado. Terreno onde quero ver meus cabelos embranquecerem e ver meus netos correndo por entre a rua da Anhanguera, brincando na chuva que cai no inverno e banhando nas águas do Sono. Lugar que nos inspira poesias e cores e que a tarde explode um pôr do sol de beleza inenarrável. Palco que nos leva àá noite jogar conversas foras entre um gole e outro com amigos nos recantos mais ilustres da cidade; a ouvir o canto nos bares, a dançar o forró no chapéu mais famoso da região, ouvir as serestas á noite ao ver o luar resplandecer na beira de nosso tão grandioso rRio Tocantins ou mesmo entoar hinos na Igreja Matriz ao findar de um pôr do sol.

Sou assim: De sentimento frágil. Quem me fez assim foi minha gente e minha terra. Pra mim, de todos os amores um dos maiores é suspirar por esta terra. Cantarei desse amor que me transcende a alma e me estimula a crescer e continuar no processo de politização e evolução. Penso nas vezes que sentei juntos com amigos nas esquinas dessas ruas cheias de relatos históricos pra falar das nossas vidas. Ora planejando, ora desabafando... Quiçá chorando... Entre amores perdidos. Entre amores aparentemente conquistados, mas que se foram sem nem sequer ter criado vínculos. Sou assim, desse povo. Da velhinha ribeirinha, do rio “vaidoso”. Em minha terra me sinto acolhida e aconchegada. Terra que reconheço como pátria e que me reconhece como filha.

Terra minha, terra nossa. Terra dos sabores; doces sabores da cana de açúcar. Aqui não é apenas um espaço físico, mas, um conjunto de sentimentos englobados em um só foco. Aqui eu me fiz, aqui me faço. Terra em que nasci, a mesma onde morrerei. Há ela presa fiquei. Esta é minha terra amada. Terra abençoada e adorada.
Parabéns Pedro Afonso!
 

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