Fabricio Rocha
A centenária Pedro Afonso, fundada em 1847, pelo padre capuchinho Frei Rafael de Taggia, recebeu o nome em homenagem ao príncipe da família real brasileira D. Pedro Afonso de Orleans e Bragança.
No início, comércio intenso, violentas brigas e rixas políticas. A cidade evolui e torna-se rota no interior do país, da lendária coluna Prestes, da aviação brasileira, com o Correio Aéreo Nacional, e ainda o comércio fluvial no alto sertão.
A influência aumentou em 1934, quando o governo instalou a primeira Inspetoria da Fazenda, e a 4ª Companhia de Polícia, firmando aqui, como capital administrativa do Norte Goiano.
A história moderna do Tocantins é influenciada decisivamente com a instalação do Comitê Pró-criação do Estado do Tocantins, e a criação da Casa do Estudante do Norte Goiano, em solo pedroafonsino.
Nos anos 50, padre Rui Rodrigues da Silva elevou o ensino do colégio Cristo Rei ao mais prestigiado do Norte Goiano, com destaque também para os padres redentoristas, e irmãs das congregações Assunção e Palotina.
A evacuação da cidade pós construção da Belém-Brasília, o trágico acidente da Varig, em 1975, e a inesperada enchente de 1980, marcaram a memória local.
Mas nem mesmo uma balsa na história conseguiu isolar o povo do crescimento.
Em 1996 chega o Prodecer III. A cidade renasceu com novos investimentos que foram cruciais para a inauguração da ponte sobre o rio Tocantins, em 2007, e consequentemente, a implantação da Usina da Bunge, devolveu a Pedro Afonso sua posição de destaque na história do Tocantins. Hoje sua forte economia ajuda no crescimento do país.