A produção de biocombustível no Tocantins deve expandir nos próximos anos. As projeções foram apresentadas durante o ciclo de palestras sobre biocombustível, ocorrido nesta sexta-feira, 11, na 12ª edição da Agrotins. A maior feira de tecnologia agropecuária da Região Amazônica ocorre no Centro Agrotecnológico de Palmas, até o sábado, 12.
O engenheiro agrícola da empresa RPA Consultoria, Ricardo Soares de Arruda Pinto, fez uma explanação geral sobre o tema “Por que ainda se irriga tão pouco cana com água no Brasil”. Preocupado com a sustentabilidade, o engenheiro mostrou a possibilidade de irrigar a cana com o uso reduzido de água. “No cultivo da cana-de-açúcar pode-se usar as diversas tecnologias de irrigação, como o gotejamento, a microaspersão entre outras, com uso mínimo de água”, enfatizou.
Soares lembrou também das perspectivas de produção de biocombustível. “A expectativa em todo Brasil é chegar em 2020 com três milhões de hectares de cana, um aumento de 50%. O Tocantins segue essa tendência de expandir a produção de biocombustível nos próximos anos”, projetou.
Na palestra “Cultivo de Soja em Pequenas Propriedades – Selo de Combustível Social”, o engenheiro agrônomo Newton Siqueira de Santana explicou as vantagens da produção e os procedimentos para a obtenção do Selo Social. Em relação aos benefícios do cultivo da soja, o engenheiro disse que a oleaginosa é uma cultura altamente rentável por apresentar: cadeia produtiva bem estruturada; rede de pesquisa; retorno de investimento e lucro certo na comercialização.
Selo de Biocombustível
O selo é um projeto do governo federal que estimula a produção de soja para os pequenos produtores. As empresas devem adquiri-lo dentro de normas e critérios tais como, a exigência de que 15% da matéria prima seja comprada de agricultores familiares e que a empresa forneça assistência técnica e insumos agrícolas aos produtores.
