Francisco Pimentel
A Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa) se manifestou em relação à morte de peixes no ribeirão Gorgulho, na aldeia Kãkaka, da etnia Xerente, localizada na divisa entre os municípios de Pedro Afonso e Tocantínia. Em um vídeo que circulou nesta semana, o cacique Ranulfo Xerente, conhecido como Neca, disse que a situação pode ter sido causada pelo uso de defensivos agrícolas nas plantações de grãos e de cana-de-açúcar em propriedades rurais da região.
Apesar de não ter sido citada no vídeo, a Coapa emitiu uma nota informando que nenhum de seus produtores rurais associados possui propriedade ou desenvolve atividades agrícolas de cultivo de grãos ou cana-de-açúcar na bacia de influência cujos cursos d’água se direcionam ao ribeirão Gorgulho. “Todas as áreas de produção dos cooperados estão localizadas no sentido oposto e os produtores mais próximos da reserva indígena Xerente têm suas áreas agriculturáveis inseridas na bacia dos ribeirões Lajeado e Lajeadinho, que desaguam no Rio Sono, e fazem monitoramento rigoroso para evitar qualquer tipo de contaminação dos recursos hídricos”, diz a nota.
Além disso, conforme a Coapa, frequentemente todos os cooperados e operadores dos pulverizadores que atuam em suas propriedades recebem orientações e capacitações com especialistas sobre as técnicas corretas de aplicação de qualquer tipo de defensivo ou outro insumo agrícola.
“Reiteramos nosso compromisso de produzir sempre respeitando a legislação em vigor no país”, ressaltou a cooperativa.