A chegada do período de estiagem traz uma preocupação adicional à atividade agrícola. A combinação entre baixas temperaturas, ar seco e diminuição das chuvas formam o cenário propício para a ocorrência de incêndios. Para controlar riscos e minimizar impactos ambientais, a BP Bunge Bioenergia, uma das maiores processadoras de cana-de-açúcar do Brasil, tendo uma de suas unidades em Pedro Afonso, investirá, até 2024, R$ 30 milhões em seu programa de prevenção e combate a incêndios.
Organizadas nos pilares Prática Preventiva, Detecção Rápida, Combate Ágil e Ações Seguras, as iniciativas incluem a aquisição e manutenção de equipamentos e materiais, renovação de frota, disponibilização, formação, treinamento regular e gestão de equipes locais. A empresa deu início também a campanhas internas e externas de prevenção que serão realizadas de julho a setembro, para garantir a segurança e conscientização de colaboradores e das comunidades onde atua.
Boa parte das ocorrências ainda está relacionada à ação humana, que, mesmo de forma involuntária, pode causar incêndios”, diz Rogério Bremm, diretor agrícola da BP Bunge Bioenergia. “A conscientização coletiva é uma das formas mais eficazes para prevenção, principalmente em áreas agrícolas e rurais”.
Aliada ao trabalho de comunicação, a empresa tem investido em tecnologia, cada vez mais presente em todas as etapas, da prevenção ao combate. Na detecção, as 11 unidades da companhia contam com um sistema de monitoramento via satélite, que, interligado ao SmartLog, a central de logística para gestão agrícola localizada em São Paulo (SP), envia alerta de riscos.
Outra forma de identificação é por meio de torres de observação equipadas com câmeras de alta definição, sistema já em operação na unidade de Pedro Afonso (TO) e que será estendido até o final do ano para as unidades Moema (SP), Guariroba (SP) e Ituiutaba (MG). Já as demais unidades terão o sistema até 2024.
Soluções tecnológicas também estão na linha de combate. Os 95 caminhões-bombeiro são equipados com jato de água automatizados, controlados pelo operador por joystick de dentro da cabine, o que evita a exposição do brigadista. A frota dispõe ainda de 15 caminhões-pipa e nove caminhões-tanque, estrutura que atende todas as unidades e disponível para os 920 brigadistas treinados.
Além da ameaça à segurança dos colaboradores e das comunidades locais, os incêndios trazem prejuízos econômicos e ambientais. “O fogo no canavial reduz o teor de açúcar das plantas, elimina a palhada, material orgânico usado na proteção e recomposição do solo, assim como parte da biomassa aproveitada na cogeração de energia elétrica”, explica Rogério Bremm. “Vale destacar que 100% da colheita de cana-de-açúcar das usinas das BP Bunge é mecanizada e, por essa razão, nunca utilizamos o fogo no manejo das plantações”.
Prevenção contínua
A BP Bunge possui programas que incluem a classificação e avaliação das áreas de risco. As informações são obtidas a partir de um banco de dados atualizado periodicamente, que detalha as ocorrências e auxilia na tomada de decisão. As equipes atuam em ações preventivas como a limpeza regular de áreas próximas a rodovias, carreadores e aceiros, entre outras.
Na área agrícola, as unidades dispõem de postos avançados de combate a incêndios com brigadistas de plantão com caminhões-bombeiro e outros equipamentos, prontos para deslocamentos de emergência, realizado com apoio de um sistema de navegação online para chegar mais rapidamente às áreas de atendimento.
Como você pode fazer a sua parte?
Grande parte dos incêndios ainda está associada à ação inadequada de algumas pessoas e, por isso, é importante a contribuição de todos:
Não queime lixo ou folhas secas, descarte-o em local apropriado;