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Mãe denuncia ausência de monitor para crianças com autismo em escola de Pedro Afonso

28/04/2022 15h57 - Atualizado em 16/05/2022 11h13
Mãe denuncia ausência de monitor para crianças com autismo em escola de Pedro Afonso
Islorrany com o filho Nicolas

Da redação

Mãe de um aluno da Escola Municipal Souza Aguiar, Islorrany Araújo Moreira Azevedo, fez contato com a reportagem do Portal CNN reclamando da falta de monitor na sala de aula para auxiliar o professor titular no processo de ensino de seu filho que tem autismo. Ainda segundo ela, muitas mães de filhos autistas e com outras necessidades especiais também sofrem com o mesmo problema. “Elas têm medo de falar sobre isso”, completou.

O acompanhamento de monitor para crianças com necessidades especial é obrigatório, conforme a Lei Federal 12.764/12, que prevê que em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular terá direito a acompanhante especializado.

Islorrany Araújo, mãe do pequeno Nicolas, de 4 anos, aluno da Educação Infantil I, afirmou que4 o problema já foi levado à gestão da escola, mas até o momento ainda não foi resolvido. “Desde que começou as aulas ele não tem um cuidador, faz uso de fralda descartáveis, mas chega em casa com a fralda cheia de xixi, o que já gerou assaduras pela falta de cuidador. O psiquiatra que acompanha ele solicitou esse acompanhamento, mas desde a matrícula o cuidador não está disponível para o meu filho”, afirma a mãe que cobra o cumprimento dos direitos da criança.

Providências
Em resposta à reportagem do Portal CNN, a Secretaria Municipal de Educação afirmou que os monitores já estão sendo convocados e que até a semana que vem já estará tudo organizado. "O processo seletivo foi realizado pelo IEL e estão sendo chamados”, assegurou a titula da pasta, Lucimária Ribeiro.

TEA
O autismo — nome técnico oficial: Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) — é uma condição de saúde caracterizada por déficit na comunicação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e comportamento (interesse restrito ou hiperfoco e movimentos repetitivos). Não há só um, mas muitos subtipos do transtorno. Tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de suporte que necessitam — há desde pessoas com outras doenças e condições associadas (coocorrências), como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com vida comum, algumas nem sabem que são autistas, pois jamais tiveram diagnóstico.

 

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