Gabriel Dias
Após reuniões e entendimento com a prefeitura, o reajuste para os professores do ensino básico de Pedro Afonso segue estagnado. A correção do piso salarial para os profissionais do magistério público da Educação Básica para 2022, conforme a portaria publicada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), em fevereiro deste ano, é de 33,24%. Esse valor teria sido acordado entre os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintet), educadores municipal e a gestão do prefeito Joaquim Pinheiro (PP), para pagamento dividido em três etapas. Porém, segundo apurou a reportagem, o acordo firmado em abril não foi cumprido.
Na última reunião entre as partes, ficou acordado que na folha de abril, a gestão pagaria o percentual de 5% com retroativo ao mês de janeiro. Já em maio o reajuste seria de mais 10%, também com retroativo a janeiro. Por fim, na última fase, em outubro, os professores deveriam receber 18,24% para fechar o percentual total do piso de 2022, que terá valor de R$ 3.845,63.
De acordo com Núcya Tavares Queiroz, que participou das reuniões com o prefeito e representa o Sintet em Pedro Afonso, o acordo foi quebrado por parte do governo municipal, que alegou falta de recursos. Segundo ela, uma nova proposta foi encaminhada.
“A assessoria contábil do Sintet comprovou que a gestão tem recursos. Então não procede essa alegação, o prefeito não cumpriu com sua parte e não pagou nada até agora. Estamos no escuro. Encaminhamos a proposta novamente, pois ele quebrou o acordo. Nos enviou um documento que havia tirado muitas coisas do nosso acordo, então nós reelaboramos e reenviamos. Agora estamos aguardando a resposta, inclusive encaminhei o ofício para o gabinete do prefeito solicitando essa resposta o mais rápido possível. Só que dessa mesma reformulação continua o percentual de 33,24%”, comentou.
Núcya afirmou ainda que a categoria irá aguardar as movimentações da gestão até o dia 12 de maio, mas descartou uma possível greve. “Vamos aguardar a resposta com a secretária do prefeito no máximo até o dia 12 de maio. Se caso não houver pode ser que a classe se manifeste publicamente. Um ato público. Greve eu não garanto, pois as escolas estão abarrotadas de contratos. Mas manifestações públicas a gente está pensando em fazer, isso para população ter conhecimento do que está se passando. Porque todo mundo está achando que está tudo bonitinho na educação e na verdade não está. Nada foi cumprido até agora”, disse.
Prefeito
O prefeito Joaquim Pinheiro foi questionado sobre a alegação dos professores sobre a falta de cumprimento no acordo, mas não se manifestou, apesar das tentativas da reportagem do Portal CNN. O espaço segue aberto caso o chefe do Executivo municipal queira se manifestar.