Segurança e Justiça

ESPERANDO SOLUÇÃO

Após 2 anos e 6 meses, caso da família assassinada em fazenda de Pedro Afonso segue sem respostas

27/01/2022 11h55 - Atualizado em 11/03/2022 15h44

Gabriel Dias

Dois anos e seis meses. Esse é o período que Maria Rita Barbosa Pereira espera por um desfecho no caso dos assassinatos de sua irmã, sobrinha e cunhado. Os corpos do casal de agricultores familiares José Miguel Dama, 68 anos, e Maria Nazaré Barbosa Pereira Dama, 58 anos, e da filha do casal, Ester Barbosa Dama, 21 anos, foram encontrados no dia 27 de julho de 2019, na casa da família localizada na Fazenda São Pedro, próximo à Vila Mata Verde, a cerca de 60 quilômetros de Pedro Afonso.

Até o momento, a Secretaria Estadual de Segurança Pública se limitou a dizer que o inquérito que apura o caso está em aberto e investigações ainda estão ocorrendo e que mais informações poderão ser divulgadas oportunamente.

Maria Rita conta que a falta de resposta a deixa arrasada e a situação causa um desgaste sem precedentes na família.

“Nós da família entendemos a situação da polícia quando diz que o caso é difícil, devido ao local ser de difícil acesso, não ter testemunhas. Mas sabemos que não existe crime perfeito, alguma evidência deve ter ficado no local do crime, por exemplo, as digitais. Mas é preciso considerar que já tem passado bastante tempo e ainda não temos nenhuma resposta. Isso causa um desgaste muito grande na família, interferindo mesmo na saúde física e psicológica de todos”, comentou.

Maria Rita conta ainda que até hoje a família não suspeita de ninguém e não faz ideia da motivação, já que o casal e a filha nunca aparentaram ter desavenças. Ester Barbosa Dama morava com a tia em Palmas (TO), desde os nove anos de idade. Ela estava prestes a concluir o curso de letras no Instituto Federal do Tocantins (IFTO) e na época do crime, como sempre fazia, passava férias com os pais, que viviam na propriedade rural há 20 anos.

Maria Nazaré Barbosa Pereira Dama era natural de Pedro Afonso. Já seu esposo José Miguel Dama e a filha, respectivamente, nas cidades goianas de Jataí e Goiânia.

Atuação
A reportagem chegou a procurar o delegado Adriano Carrasco, que atualmente é o responsável pela regional que abrange Pedro Afonso, mas o agente afirmou que não teve atuação no caso e pediu para que o delgado Wladdemir Costa Mota Oliveira fosse procurado para falar sobre as investigações, já que atuou no caso. Mas Wladdemir, que é o atual secretário de Segurança Pública do Tocantins, não retornou o contato.

O crime
Na noite do dia 27 de julho, após serem acionadas por moradores da região, equipes das Polícias Militar e Civil chegaram à Fazenda São Pedro Afonso,

José Miguel Dama foi encontrado na parte externa e as outras vítimas dentro da residência. Os três apresentavam hematomas e sangramentos nas cabeças. Os corpos estavam em avançado estado de decomposição e as mortes deviam ter ocorrido há pelo menos dois dias.

Após a realização da necropsia, o laudo dos peritos apontou que ambos foram a alvejados com tiros nas cabeças.

Conforme informações do 3º BPM, a casa estava com móveis revirados e vários objetos jogados no chão. Fora da moradia foram localizados itens como celular, bolsa, lanterna e facão, além de uma barra de ferro (alavanca) que estava dentro de uma caixa d’água.

 

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