Cidades

TUPIRAMA

Comerciante relata falta de apoio durante alagamento; Prefeitura diz que não recebeu pedido de ajuda

10/01/2022 18h42 - Atualizado em 15/01/2022 12h50

Gabriel Dias

Com o avanço no nível da água do Rio Tocantins, em Tupirama, o comerciante João Batista da Rocha Miranda Neto relatou que durante a madrugada do sábado, 8 de janeiro, teve que retirar, com ajuda de moradores, o material de sua sorveteria localizada na Rua 16, no Setor Serrinha.

Conforme informou, a retirada de freezers e outros materiais, por exemplo, só foi possível por conta da ajuda de membros da igreja Assembleia de Deus Ciadseta e moradores da região, e que a prefeitura não ofereceu suporte, mesmo, segundo ele afirma, seus representantes tendo passado pelo local diversas vezes e sabendo que pelo volume da cheia, a água chegaria até o estabelecimento.

“Quero relatar que não tive nenhuma ajuda da atual gestão. Eles viram a situação do alagamento e nem secretário, nem vereador, ninguém do poder público me ajudou. Por volta das 4h30 da manhã eu tive que ligar para moradores para me ajudar. Eles (poder público) sabendo do perigo não me procuraram até o momento.”, comentou o comerciante ao dizer ainda que soube que a prefeitura ajudou outras pessoas que foram desalojadas, mas que não foi o caso dele, que levou as coisas para casa da sua mãe.

Questionado se teria acionado a gestão do prefeito Ormando Brito Alves (MDB) em algum momento para pedir ajuda, o comerciante conta que não, pois secretários e o próprio gestor teriam passado pela região e visto que o local seria alagado.

“Não fiz contato, pois eles passaram por lá toda hora e ninguém foi lá nos procurar para oferecer ajuda e nem nada. Se eles têm uma comissão é obrigação deles está em cima monitorando os locais que podem ser alegados e acho que é papel deles ajudar as pessoas que passam por esse tipo de caso.”, pontuou.

Gestão
Procurado pela reportagem, o secretário de Indústria e Comércio de Tupirama, José Luis Zensque, que integra a comissão montada pela prefeitura para gerenciar e monitorar os assuntos relacionados as enchentes na cidade, falou que a prefeitura não foi procurada pelo comerciante e que gestão não negligenciou a situação.

“Temos trabalhado de forma contínua para atender a população de Tupirama na medida que as pessoas são atingidas pela cheia do rio. A prefeitura não nega ajuda e nem é negligente com as situações que surgem, mas ela precisa ser informada também. É uma via de mão dupla, então precisamos que os moradores também nos procurem. Negligenciar é uma coisa, falta de informação é outra.”, relatou.

O secretário também contou que o nível do rio segue estável e a preocupação, no momento, é se a água subir mais um metro. Ainda segundo Zensque, uma das grandes preocupações é com algumas pessoas, que moram nas proximidades do rio, e não acreditam que a cheia pode chegar até suas casas. Ele conta que isso ocorre por conta da última vez que essas pessoas tinham visto um volume tão grande de água, ainda na década de 1990.

 

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