Segurança e Justiça

FAKENEWS

Notícia sobre corpo de homem encontrado em Pedro Afonso é fake news; Delegado fala sobre o risco de repassar informações falsas

26/04/2021 18h16

As fake news são cada vez mais disseminadas de forma descontrolada em todas as redes sociais. Nas cidades do interior, grupos do WhatsApp criam uma grande rede de conectividade e informação que liga centenas de moradores com informações instantâneas, muitas vezes falsas e equivocadas. 

Um exemplo ocorreu no último final de semana. Uma foto de um possível homicídio, divulgada em grupos, mostra o corpo de um homem degolado, suposta vítima de um crime, e a informação que o caso teria ocorrido em Pedro Afonso e Bom Jesus.

O fato, que causou espanto de algumas pessoas, não foi confirmado pela Polícia Civil, tratando-se de uma nova fake news.

O delegado de Polícia Civil Bernardo Rocha Pinto alertou que tais notícias, enquanto não foram comprovadas e verificadas através de fontes fidedignas, não devem ser disseminadas. "Assim o fazendo, colabora-se para um pânico indevido da população, além de poder ocasionar o acionamento desnecessário das forças de segurança”, frisou o delegado.

Bernardo ressaltou, ainda, que a divulgação de informações falsas prejudica o trabalho da polícia, e o efetivo, equipamentos e tempo, que poderiam ser utilizados em demandas sérias e reais, são utilizados numa investigação de um fato inexistente. "Ademais, toda uma situação de estresse pode ser desencadeada, tendo em vista que a fake news pode ocasionar o pânico na população”, ressaltou.

Embora existam projetos de lei em trâmite, com foco em criminalizar as fake news, a disseminação de notícias falsas ainda não é crime, mas o delegado deixou um recado para quem, mesmo que de forma inconsciente, repassa esse tipo de notícia. “A divulgação dessas falsas notícias pode configurar crime contra a honra, com penas de até dois anos de detenção, bem como pode ter implicações na esfera cível”, completou. 

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