Representante de uma entidade que conta atualmente com 275 associados e está presente em 13 municípios, o presidente da Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), Ricardo Khouri, avaliou que a nova tributação de 2% sobre operações internas de milho, imposta pelo do Governo do Estado do Tocantins, penaliza toda a cadeia produtiva.
“O produtor que vendeu milho para um pecuarista que faz confinamento vai pagar 2% da operação interna e quem comprar o milho também vai ter que repassar o mesmo percentual porque vai vender o boi para um frigorífico do Tocantins. Então, de cara, o Governo do Estado está imputando mais 4% em toda a cadeia, encarecendo o milho, encarecendo a carne”, explicou o dirigente.
Para Ricardo Khouri, a medida governamental força o produtor rural tocantinense a diminuir sua atividade. Ele exemplificou que em atividades que dão de 10 a 20% de rentabilidade líquida, imputar na cadeia 4% de imposto poderá representar de 25 a 30% da rentabilidade do produtor. “Isso é um verdadeiro absurdo e não podemos deixar passar batido. O setor primário, os produtores rurais e até a indústria de transformação vão ser muito prejudicados porque caindo a atividade desses produtores, cai também a arrecadação de ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços]. Serão menos insumos agrícolas adquiridos, menos óleo diesel comprado, esfriando a movimentação econômica nas pequenas empresas e no comércio das cidades polos de produção de milho. É um verdadeiro tiro no pé”, lamentou o presidente da Coapa.