Henrique Lopes
Em sessão extraordinária realizada na noite de 28 de abril, o vereador Júlio Castro (PDT) renunciou ao cargo de presidente da Câmara de Tupirama, bem como ao mandato parlamentar que exercia pela primeira vez.
O pedetista justificou que a renúncia ocorre para poder assumir um cargo no Governo do Federal para atuar no estado do Tocantins. “Em vedação a uma lei federal, que proíbe a cumulação de cargos, como eu já sou efetivo, eu não poderia ficar o cargo de vereador e assumir esse novo cargo para o qual fui convidado”, explicou o Júlio Castro em entrevista ao Portal CNN, sem informar a função que assumiria e nem o órgão.
O agora ex-vereador ainda assegurou que a renúncia da presidência e do cargo no Legislativo tupiramense não antecipa nenhuma ação judicial sobre que levaria a cassação de seu mandato. Há meses essa informação circula na cidade.
“Estamos em uma época política e as forças de oposição já disseminaram muitas informações que não são verdadeiras. Eu entendo que assumindo esse novo desafio que é proposto, posso também como servidor público, servir o estado e também ao município de Tupirama”, revelou ao dizer que “líderes da oposição tentam manchar a sua imagem com notícias falsas”.
Decisão judicial
Após a divulgação, nas redes sociais, de uma decisão judicial a qual o Portal CNN também teve acesso, que o condena pelo crime de corrupção passiva – por irregularidades cometidas na época em que exercia cargo na Secretaria da Agricultura do Distrito Federal – , a perda do mandato eletivo e pena privativa de liberdade por tempo superior a um ano, o ex-parlamentar afirmou que a decisão tomada em 2017, foi contestada, sendo comprovada a sua inocência. “Ela já foi cassada, foi um processo que tramitou em segredo de justiça, mas posso assegurar com a minha palavra de honra que ela já foi cassada e não há condenação nenhuma. E uma sentença que já rodou na cidade e hoje temos as certidões negativas”, argumentou ao apresentar cópia de uma certidão de antecedentes criminais.
Reflexo na Câmara
Vice-presidente da mesa diretora, o vereador Edimar (MDB) ficou surpreso com a renúncia. “Ele não havia dito nada, além que estaria buscando melhorias junto ao Governo Federal e das oportunidades que estavam surgindo”, afirmou o parlamentar que assumirá o comando da Casa de Leis.
Edimar pretende dar continuidade aos trabalhos do Legislativo municipal. “Já estou em contato com a equipe, mas ainda não conseguimos nos reunir com os colegas, devido às medidas de combate ao Coronavírus. Estamos dialogando para ter ciência da situação da Casa de Leis”, frisou.
Ainda segundo o emedebista, ainda não há uma data para assumir oficialmente a função e nem para posse de Domingas Veloso (PSD), suplente de Júlio Castro.
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