Com poucas pessoas nas ruas e as regras de isolamento social que fecharam diversos comércios em todo o estado, a diminuição das vendas tem apavorado micro e pequenos empresários em Pedro Afonso.
Em uma economia que começava a ganhar fôlego na região, a crise causada pela pandemia do Coronavírus tem afetado diretamente o caixa das empresas que, agora, se reinventam para tentar manter um fluxo de giro, mesmo com as perdas que chegam a mais de 80% em alguns setores.
Segundo o microempresário Deusivan da Silva Neres, proprietário de bicicletaria, a queda da demanda caiu cerca de 80%, e para driblar a crise, o jeito foi improvisar no atendimento. “Tivemos que partir para vendas online e via WhatsApp. No caso dos consertos, estou indo busca a bike na casa dos clientes e arrumando em minha residência, depois faço a entrega” revelou.
As vendas pela internet tem sido uma alternativa para quem tenta atrair os clientes mesmo de dentro de casa. “A gente posta no Instagram e grupos do Whatsapp, temos o grupo da doceria e assim vendemos”, contou a Gabrielly Teixeira Bezerra Souza, sócia de uma loja de doces.
O uso da criatividade tem sido fundamental para atrair a clientela e manter os investimentos, afinal, como diz o ditado “Quem não tem cão, caça com gato”. Com os eventos suspensos pelas medidas de isolamento, o empresário Melquíades Lemes aposta em outras alternativas. “Como não tem locação, estamos tentando amenizar o impacto com divulgação dos nossos produtos online, oferecendo delivery. A nossa esperança está na parte de produtos de limpeza de piscina e locação de andaimes e ferramentas para construção civil”, relatou.
Em outros segmentos, a opção é o home office como faz a corretora de empréstimos Ivanete Feitosa, que trabalha em casa ligando para clientes informando suas margens e limites, e fazendo vídeos de divulgação conforme o treinamento dos bancos que representa.
Sem opção
Entretanto existem aqueles que dependem extremamente do convívio social para que o seu negócio sobreviva. Esse é o caso do microempresário Luís Francisco da Silva, que trabalha com segurança de festas e eventos. “Eu tinha 16 eventos que foram desmarcados. Tenho aluguel, água, energia, filhos, mas não tem como ter nenhum retorno com tudo parado. É um prejuízo que já deixa a gente sem coisas para comer”, comentou.