Política

PRÉ-CANDIDATOS

Dividida, oposição tem ao menos 4 nomes em Bom Jesus do Tocantins

03/03/2020 18h14 - Atualizado em 03/03/2020 18h28

Henrique Lopes

Com o período de convenções partidárias cada vez mais próximo – os partidos têm de 20 de julho a 5 de agosto para definirem seus candidatos –, o cenário político começa a se afunilar para definir quem vai concorrer aos cargos de vereador e prefeito nas eleições municipais de 04 de outubro.

Em Bom Jesus do Tocantins são citados o atual prefeito Paulo Hernandes (PRB), o enfermeiro Bruno Neves (sem partido), o vereador EdMilson Rodrigues (PDT), o assessor parlamentar Pedro Júlio (sem partido), o “Pedim do Lavajato”, e a ex-primeira-dama Irani Vanderley, que está de saída do DEM para o PSD.

Atualmente, existem três grupos oposicionistas na cidade.


Divisão preocupa
Um dos novos nomes no cenário político do município, o assessor Pedro Júlio Pinto Silva disse estar “firme e forte” rumo a uma candidatura. “Tenho tido uma excelente aceitação popular e tem fluído bem positivamente. Tenho feitos alguns encontros com líderes que também têm o mesmo pensamento meu”, contou ao chamar atenção para o fato que uma possível divisão da oposição e motivo de preocupação para alguns líderes políticos.

Apoio à Irani
Alegando falta de apoio de lideranças, o médico veterinário Wilton Galindo, que já concorreu por duas vezes ao cargo de vice-prefeito pela oposição, desistiu da candidatura a prefeito e não disputará nenhum cargo no município nas eleições de 2020. O representante do PT declarou, apenas, que irá apoiar a ex-primeira-dama Irani Vanderley. “As lideranças de Bom Jesus não me apoiam, então estou com uns projetos privados. A minha função vai ser formar um plano de governo para o município e apresentar à pré-candidata Irani Vanderley em maio, mas estou fora das eleições 2020”, anunciou Wilton.

Irani Vanderley encabeça outro grupo no município de pouco mais de 1.800 eleitores. “Sou filha de Bom Jesus do Tocantins, nascida na antiga Rua 7 de Setembro, professora com nível superior, contadora pós-graduada, ex-primeira-dama deste município, no período de 2005 a 2012. Desenvolvi vários projetos aqui, que poderei apresentá-los”, contou sem ainda confirmar candidatura. Ela é esposa de Jaírton Castro, ex-prefeito de Bom Jesus por dois mandatos seguidos.

Definição em breve
De família tradicional na política bonjesuína, o enfermeiro Bruno Neves tenta ganhar nome dentro do seu grupo para ser o indicado à cabeça de chapa. A busca por notoriedade também tem sido protagonizada pelo vereador Edmilson Rodrigues, mvais votado na última eleição. “Ficou acordado desde o início que o candidato do grupo seria o que tivesse maior aceitação popular e, diante disso, tenho me firmado como pré-candidato em Bom Jesus. Cada dia que passa tenho recebido apoio da população”, argumentou Bruno Neves.

Já Edmilson Rodrigues descreveu que a última eleição foi fundamental para conseguir avançar no cenário político municipal, mas que a divisão entre dois nomes no grupo é algo que deve ser resolvido em breve. “Eu achei que o momento seria o meu momento, não sei se o outro nome atrapalha. A decisão será do grupo depois, mas acredito que poderá acontecer algo diferente. Até o dia 15 deste mês devemos ter uma definição”, destacou ao frisar que não descarta aliança com outros grupos.

Não comenta
Apesar dos comentários iniciais de que não concorreria a um segundo mandato, o prefeito Paulo Hernandes já se posicionou rumo à reeleição. Mesmo assim, ele não comentar abertamente sobre possíveis alianças ou conversas com lideranças.

Aguardando
Já a ex-prefeita Rosângela Barbosa, apesar da grande influência no cenário político, também prefere manter a calma e não se posicionar sobre como vai ser portar na eleição deste ano. “Aguardando posição do grupo”, declarou suscintamente.

Conversas
Nos bastidores comentam-se que a tendência é que boa parte dos opositores ao atual prefeito se unam em troca de espaços de liderança dentro do município. Entre os líderes que dialogam com Paulo Hernandes estariam op vereador e pré-candidato Edmilson, e o vereador Felipe Neves.

Fortalecimento
Apesar das decisões serem dos grupos, agentes políticos tem trabalhado no fortalecimento de seus nomes na tentativa de solidificar uma posição mais relevante dentro do cenário político, que pode dar dor de cabeça as chapas devido os problemas de aceitação de nomes e de rachas entre alguns grupos.


 

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