Política

CASO MOISÉS

Família, autoridades e comunidade cobram solução para crime

30/08/2019 17h05 - Atualizado em 11/09/2019 09h43

Henrique Lopes

Na tarde de quinta-feira, 30 de agosto de 2018, o corpo do então prefeito da cidade de Miracema do Tocantins, Moisés Costa, mais conhecido como Moisés da Sercon (MDB), foi encontrado em uma estrada vicinal entre os municípios de Miranorte e Rio dos Bois, com um tiro na cabeça.

O luto que envolveu amigos, familiares e moradores do município onde o gestor havia sido eleito para o primeiro mandato, com a votação de 84% do eleitorado, a mais expressiva de todo o país, voltou a ser visto na manhã desta sexta-feira, 30 de agosto, um ano após o trágico assassinato.

Sem encontrar os culpados pela morte de Moisés da Sercon, a família, amigos, lideranças políticas e diversos populares participaram de uma manifestação para chamar atenção das autoridades políticas, policiais e judiciais para a solução do crime.

Cobrando celeridade na apuração do assassinato, que chegou a ser investigado inicialmente como suicídio, mas descartado logo depois, familiares agora buscam apoio para achar os culpados pela morte do político e contador.

A manifestação, que reuniu cerca de 1200 pessoas, entre elas prefeitos e vereadores de diversos municípios, o presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM) e prefeito de Pedro Afonso, Jairo Mariano, além dos deputados estaduais Nilton Franco, Ivory de Lira, Valdemar Júnior e Delegado Rerisson, interditou, durante cerca de 20 minutos, o trecho da BR-153, próximo ao Posto Tupi, local onde houve a concentração de pessoas. Na ocasião foram entregues panfletos.

Logo após, a pé, os participantes seguiram até o local onde ocorreu o crime. Durante o o ato público ocorreu oração e discursos que cobraram uma solução para o crime.

Quem matou Moisés?
Um dos mobilizadores da campanha “Quem Matou Moisés”, que ocorre por diversos estados do país, o irmão do prefeito assassinado, Fidel Costa, afirmou que a sensação é de impunidade. “Está última semana não dormi. Parecia que a cada dia e hora que se aproximava de completar um ano, neste dia 30, vinha a sensação de que nesse país não vale a pena sermos honestos, trabalhadores e humanos”, destacou ao afirmar que toda a família continuará lutando para solucionar o crime.

Durante a mobilização um abaixo-assinado foi feito e será anexado a um dos documentos que será protocolado junto ao Ministério da Justiça. As assinaturas serão colhidas nos 139 municípios tocantinenses, com apoios de prefeitos, líderes religiosos e associações que se comprometeram a ajudar na campanha que pede a elucidação do caso e a intervenção na segurança pública do Tocantins.

Segundo Fidel, a manifestação mostrou que muitas autoridades e líderes estão com a família em busca dos culpados pela morte de Moisés. “Ficamos muito gratos com a participação popular que, nunca deixou de nos apoiar durante um ano de batalha. Também o apoio das autoridades, que hoje na manifestação, demostraram que estão com a família em busca de resposta deste caso. Iremos protocolar junto ao ministro Sérgio Moro, um pedindo de apoio no caso, pois a Polícia Civil do Tocantins carece de estrutura e tecnologia para fazer um bom trabalho”, completou.

 

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