A Delegacia da Polícia Civil de Colméia deflagrou na manhã desta terça-feira, 9, a Operação Midas, que investiga desvio de mais de R$ 600 mil dos cofres públicos do município e mira em um ex-prefeito, vereadores e assessores da Câmara Municipal. Nesta manhã foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa e gabinete dos investigados, onde foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos, além da condução coercitiva dos investigados.
Agentes fizeram buscas na casa do ex-prefeito Pedro Clésio (SD), da atual presidente da Câmara Municipal, a vereadora Dona Nilza (SD), do antigo presidente da Casa, o vereador José Wiston (PROS), conhecido como Baixinho da Tecsat, do assessor contábil do Poder Legislativo, Carlos José, e do assessor jurídico do órgão, o advogado Amilton Ferreira de Oliveira. O gabinete dos vereadores e o escritório de advocacia de Amilton também foram alvos de busca e apreensão.
Entre os crimes praticados pelo grupo estariam o de lavagem de dinheiro, organização criminosa, fraude em licitação, corrupção, dentre outros. As investigações duram oito meses e, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-TO), a Operação Midas foi instaurada após denúncia de que parlamentares estariam recebendo favorecimento econômico para aprovar balancetes, projetos de lei, como também a manutenção de investigados em cargos públicos. As suspeitas é que em oito anos, cerca de R$ 600 mil foram desviados em licitações fraudulentas e atividades de corrupção ativa e passiva.
Os investigados têm até três dias para pagar a fiança estabelecida pela Comarca de Colmeia de até 10 salários mínimos, estimado em quase R$ 10 mil. Caso não quite o valor, eles poderão ser presos preventivamente.
Outro lado
Em entrevista ao Portal CNN, o ex-prefeito Pedro Clésio afirmou que as denúncias são “infundadas” e que “não existe nenhuma prova de nada”. Ele associa a Operação à perseguição política, destacando que “a atual prefeita do município tem mais de 80% de rejeição e que, por isso, estão caçando todos os meios para nos deixar inelegível”. Ele disse ainda que irá recorrer ao pagamento da fiança, pois “não tem porquê”.
O Portal CNN tentou contato com a presidente da Câmara, Dona Nilza, mas ela estava em reunião e não pôde atender.
O espaço está aberto caso os demais investigados queiram apresentar suas defesas.
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