A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), por meio da Assessoria de Zoonoses e Animais Peçonhentos, faz um alerta à população no período de alta temporada nas praias tocantinenses. Isso porque o número de acidentes com arraias aumentam significativamente nesta época do ano.
Segundo a assessora de Zoonoses e Animais Peçonhentos da SES, Iza Alencar Sampaio de Oliveira, as arraias são animais peçonhentos que possuem ferrão serrilhado na cauda e quando se sentem ameaçadas ou são pisadas, projetam sua cauda na pele da pessoa causando lesões puntiformes, lacerantes e muitas vezes profundas.
“A entrada do ferrão serrilhado na pele por si só já provoca danos extensos e dolorosos, somando-se a possibilidade de pedaços deste permanecerem na pele, podendo gerar graves acidentes com a presença de dor, sangramento local, bordas do ferimento cianóticas, linfangites, reação ganglionar, abscesso, necrose e infecção secundária”, apontou.
Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINANNET/SES-TO), no ano de 2017 foram registrados 405 acidentes com arraias e no ano de 2018 o total foi de 422. Cerca de 40% dos casos foram registrados entre os meses de junho e agosto.
A Secretaria de Estado da Saúde alertou ainda que as equipe municipais de vigilância em saúde se mobilizem para realizar ações educativas quanto à prevenção de acidentes nos locais de praias ou onde estes animais costumam ser vistos em seu município, para buscar diminuir o número de pessoas acidentadas.
Atenção
A assessora alerta que toda pessoa acidentada deve buscar imediatamente a unidade de saúde mais próxima. “E como medida de prevenção deve ser recomendado ao andar dentro da água, tatear o caminho com um pedaço de madeira e arrastar os pés no chão cuidadosamente”, finalizou.
Orientação aos municípios
A SES orienta que todos os acidentes por arraias devem ser notificados na Ficha de Notificação de Acidentes por Animais Peçonhentos (CID 10: X29), com o registro do “tipo de acidente” (campo 45) como “outro” (campo 6) e fazer a descrição do animal como “arraias”.
No atendimento do paciente é recomendado uso de anestesia local sem adrenalina, debridamento da ferida, deixar dreno, realização da profilaxia do tétano, uso de antibiótico e/ou anti-inflamatório, e tratamento cirúrgico em caso de abscessos e necrose.
A SES ressalta que será encaminhada uma cópia deste documento para o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Tocantins (COSEMS) e para o Conselho Estadual de Saúde do Tocantins (CES) para conhecimento, socialização e providências.