Apesar de terem sua origem no oriente, artes marciais já são populares no mundo inteiro, incluindo no Brasil. Sua prática traz benefícios a pessoas de todas as idades
Hipertensão, desequilíbrio nos níveis de lipídios do sangue e stress. Esses são alguns dos males que mais atingem a população na atualidade. De acordo com especialistas, isso se deve ao estilo de vida cada vez menos saudável que boa parte das pessoas leva, envolvendo fatores como uma alimentação desequilibrada, falta de tempo para exercícios físicos e excesso de cobrança no trabalho. Além de encurtar a expectativa de vida, esses problemas também reduzem a sua qualidade.
A boa notícia é que existem atividades que melhoram tanto a saúde do corpo quanto da mente. Desse modo, é possível driblar os sintomas dessa rotina altamente maléfica para o organismo, permitindo que as pessoas vivam mais e melhor. Um bom exemplo disso são as artes marciais: pese ao fato de terem surgido no oriente, elas têm se popularizado cada vez mais no país e trazem uma série de benefícios à saúde.
Artes marciais: corpo e mente em conexão
Ao contrário de outros tipos de lutas, a prática de artes marciais não tem apenas o aspecto físico como foco: de acordo com especialistas nessas atividades, o objetivo é equilibrar corpo e mente. O resultado é uma melhor consciência corporal, saúde física e disciplina. Consequentemente, o praticante não conquista apenas um organismo mais forte, como, também, traços que lhe serão úteis tanto na vida pessoal quanto profissional. Entre as lutas que proporcionam esses benefícios estão:
● Karatê;
● Muay Thay;
● Jiu Jitsu;
● Judô.
Há, ainda, casos de atividades que, apesar de serem benéficas para os praticantes, não são consenso quanto à inclusão no rol de artes marciais. É o caso, por exemplo, do boxe: a versão ocidental, amplamente disseminada, não tem a preocupação de desenvolver a mente e a disciplina do praticante. Por essa razão, alguns especialistas alegam que ela não faz parte desse grupo.
Artes marciais proporcionam benefícios em todas as idades
Outro diferencial das artes marciais é o fato de que a sua prática não tem limite de idade. Elas são apropriadas tanto para crianças quanto para idosos, oferecendo benefícios em todas as fases da vida. Enquanto que no caso dos pequenos eles estão relacionados à formação da personalidade e na dedicação, os mais velhos costumam aproveitar mais os benefícios físicos do exercício. Entre elas está uma melhora na circulação, já que as artes marciais ajudam a mitigar o efeito do enrijecimento dos vasos sanguíneos, que, por sua vez, podem causar doença graves, como o acidente vascular cerebral (AVC) e infarto do miocárdio.
Campeonatos de artes marciais atraem público em todo o mundo
Por mais que as artes marciais sejam uma maneira de se obter mais qualidade de vida, elas, atualmente, são mais do que isso: há uma série de atletas que competem profissionalmente em grandes campeonatos dessas lutas. Entre eles, o mais popular é o Ultimate Fighting Championship, ou UFC, como é mais conhecido. Trata-se de uma liga de MMA, sigla inglesa que significa artes marciais mistas. Há inclusive brasileiros que lutam e são grandes apostas nas principais ligas de MMA, como Ariane Lipski, Amanda Nunes, Jéssica Andrade e Marlon Moraes.
Além disso, as artes marciais são modalidades de outros tipos de campeonatos, como nas Olimpíadas. Um bom exemplo disso é o judô - que, assim como o MMA, tem uma série de atletas brasileiros de renome. Sarah Menezes é uma delas: em 2012, ela fez história ao se tornar a primeira judoca brasileira a ganhar o ouro olímpico.
Por mais que essas e outras competições internacionais sejam importantes, também vale ressaltar que há ligas de artes marciais brasileiras. É o caso da Campeonato Brasileiro de Karatê, organizado pela federação da modalidade. Nele, atletas de diversas faixas etárias disputam uma vaga no mundial, onde lutam com os melhores karatecas do mundo.
Brasileiros também se destacam nos bastidores
Não é só sobre os tablados que que os brasileiros se destacam: também há praticantes do Brasil que também são renomados por ajudarem a criar o universo dessas lutas como ele existe hoje. O exemplo mais emblemático disso é o da família Gracie, considerada a fundadora do Jiu Jitsu no Brasil. Além de colaborar para que a modalidade se tornasse mais popular no país, o clã criou uma variedade nova da luta, empregando movimentos que permitem a um lutador mais fraco vencer um oponente mais forte. A vertente ganhou o nome de Jiu Jitsu brasileiro e já é reconhecida a nível internacional.
Além disso, um dos patriarcas da família, Carlos Gracie, criou, após anos de pesquisas e experimentações, a chamada Dieta Gracie. A técnica promete melhorar a qualidade de vida de quem adere a ela por meio de uma série de boas práticas alimentares. Isso, por sua vez, melhora o desempenho do lutador nos tablados, aumentando as chances de que ele se destaque na atividade.