Henrique Lopes e Fred Alves
Os moradores do município de Pedro Afonso voltaram a viver uma noite de terror durante o rooubo realizado por um grupo de criminosos, na modalidade “novo cangaço”, na madrugada deste sábado, 27. Na ação, os bandidos explodiram a maior parte da estrutura do Banco Amazônia (Basa), localizado na rua Constâncio Gomes, no centro da cidade. A porta principal do posto de atendimento do Bradesco, que fica a 100 metros do local das detonações, também foi danificada, provavelmente com tiros.
Para intimidar policiais e a comunidade, os bandidos efetuaram diversos disparos em diferentes pontos do município, enquanto outros ativavam os explosivos que danificaram toda a frente da instituição bancária, além de parte do interior, incluindo o cofre principal.
As centenas de tiros e as explosões provocaram pânico nos moradores que residem próximo à agência. “A gente estava ouvindo o barulho, pareciam foguetes, só que o barulho era mais seco. Logo depois, saí na frente de casa, a Polícia Militar passou com os faróis apagados e com as armas para fora. Havia um carro vermelho e algumas motos que rodeavam o quarteirão”, contou com exclusividade ao Portal CNN, um servidor público de 29 anos, que preferiu o anonimato.
Ainda segundo o servidor público, que reside na Rua Getúlio Vargas, após a última explosão parte dos criminosos saiu em fuga em motos. “Minutos depois que eles fizeram a última explosão, alguns s passaram pela rua com motos atirando para cima, saímos correndo para dentro de casa se jogando no chão”, revelou ao dizer ter vivido uma noite apavorante.
Em vídeos gravados por pedroafonsinos, que participavam de uma festa na Praça Coronel Lysias Rodrigues, a cerca de 300 metros da agência explodida, é possível ouvir diversos disparos. Em outros áudios disponibilizados no WhatsApp, os moradores descrevem a movimentação dos criminosos, enquanto também se ouvem os tiros disparados pelas ruas do município.
A ação dos bandidos deixou um rastro de medo pela cidade, evidenciado principalmente pelas diversas cápsulas de armas de grossos calibres deflagradas, que ficaram espalhadas pelas ruas e avenidas usadas como rota de fuga pelos bandidos.
Uma estudante de 25 anos, que também não quis ter o nome citado e que residente na rua 26 de Julho, afirmou que os tiros duraram cerca de 40 minutos. “No início eu pensei que era garotos brincando na rua com bombinhas, mas pelo quantitativo de disparos comecei a me assustar. Depois veio uma explosão. Lembrei na hora do assalto ao Banco do Brasil em março em 2017. Eles passaram aqui na rua atirando, mesmo dentro do quarto, me joguei no chão com o meu irmão. Foi a mesma sensação de pânico do ano passado”, descreveu.
Até o momento não foi confirmado se o grupo chegou a levar alguma quantia do Banco da Amazônia.