O assassinato do então prefeito de Miracema, Moisés da Sercon, completou dois meses na terça-feira, 30 de outubro, e a Polícia Civil se mantém em silêncio sobre as investigações do caso. O delegado responsável, Guido Camilo Ribeiro, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Palmas, falou apenas que “não se manifestaria” sobre o assunto durante coletiva sobre outro caso.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) chegou a dizer ao Portal CNN que o caso do Moisés é muito complexo e que o delegado está sendo “meticuloso”. A pasta garantiu ainda que as investigações não estão paradas e que a equipe vem usando instrumentos específicos para desvendar a autoria do crime.
“Até o momento nenhuma resposta. Tudo corre em segredo de Justiça e já vai pra 60 dias”, salientou o irmão de Moisés, Fidel Costa.
Questionado como a família vem passando esses dias, sem nenhuma atualização, Fidel disse que “com muita angústia, mesmo tendo esperança que a investigação aconteça de forma que venha elucidar o caso e a justiça punir os culpados”. O irmão de Moisés finaliza solicitando respostas. “Não vai trazer a vida do meu irmão de volta, mas precisamos de uma resposta concreta”, desabafou.
Entenda
Prefeito eleito com 84% dos votos nas Eleições 2016, Moisés Costa, conhecido como Moisés da Sercon, estava em seu primeiro mandato. Contador, ele foi o prefeito mais bem votado do Tocantins.
Ele foi encontrado morto no banco traseiro de seu veículo, numa estrada que liga Minanorte a Rio dos Bois, com um tiro na cabeça. Celular e carteira não foram localizados e, em seu colo, estava um revólver calibre 38.
No dia 20 de setembro a Polícia Civil emitiu um parecer sobre o caso, levando em consideração a perícia técnica apresentada. Com o documento, a hipótese de suicídio foi descartada.
O caso segue em segredo de Justiça.