Cidades

AÇÃO CIVIL PÚBLICA

Moradores pedem que Ministério Público investigue problemas no sistema de abastecimento de água de Bom Jesus

03/12/2018 17h10 - Atualizado em 06/12/2018 09h53
Moradores pedem que Ministério Público investigue problemas no sistema de abastecimento de água de Bom Jesus
João Batista e Wilton Galindo protocolaram documento no MPE

A ineficiência ao atendimento das demandas da comunidade levadas à Câmara Municipal, em conjunto com a falta de providências tomadas pela empresa Hidro Forte Administração e Operação e a gestão municipal, comandada pelo prefeito Paulo Hernandes (PRB), referente a concessão do sistema de abastecimento de água de Bom Jesus do Tocantins, levou os cidadãos a protocolar um pedido de abertura de ação civil pública junto ao Ministério Público Estadual.

O pedido foi feito na manhã desta segunda-feira, 3, pelo pedreiro João Batista Teixeira de Sousa e o médico veterinário Wilton Galindo. No documento assinado por 215 pessoas, os moradores pedem à averiguação do processo licitatório, informações sobre o sistema de cadastramento de baixa renda, além da criação e homologação da Agência Municipal de Regulação.

Conforme João Batista Teixeira de Sousa, a expectativa é que com a atuação do Ministério Público a comunidade possa ter as respostas desejadas. “Acredito que com à ação da promotoria a gente possa resolver esse problema, pois temos diversas falhas da empresa, como a questão das taxas e valores, o cadastramento de baixa renda, além da qualidade da água. Espero que agora a gestão possa ver os erros da empresa e também achar uma solução”, destacou um dos mobilizadores da comunidade.

Ao protocolar o ofício ao Ministério Público, Wilton Galindo afirmou que a comunidade anseia por uma resposta. “Temos acompanhado essa demanda e vemos a dificuldade da comunidade em obter respostas simples e uma solução para o problema enfrentado em Bom Jesus. A empresa Hidro Forte que realiza uma série de ‘desserviços’ pelo estado já foi processada por erros iguais aos cometidos em Bom Jesus e teve a licitação suspensa em um deles. Agora vamos aguardar para ver o resultado da atuação do Ministério Público”, frisou.

Ainda de acordo Galindo, que já foi candidato a prefeito e a vice-prefeito em Bom Jesus, a atuação frente à demanda é meramente social e não política. “Não sou eu que estou à frente. É o povo que está há dias na Câmara tentando um diálogo com a gestão. É uma ação da sociedade de Bom Jesus, nós apenas estamos aqui protocolando um documento representando as pessoas que estão sendo lesadas”, completou.

O pedido de abertura de ação civil pública foi encaminhada ao promotor de Justiça Luiz Antônio Francisco Pinto.

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