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PROMOTOR FLAGROU

Presidente do PT de Pedro Afonso é detido por suposta “boca de urna” e nega crime eleitoral

08/10/2018 15h49 - Atualizado em 15/10/2018 15h28

Da Redação

O presidente do diretório do Partido dos Trabalhadores de Pedro Afonso (PT), Benedito Moura Medeiros, popularmente conhecido como “Bené”, foi detido no domingo, 7,  dia da eleição geral, por supostamente estar praticando a chamada “boca de urna”. A atitude, considerada crime eleitoral, ocorreu durante as eleições gerais.

Segundo o delegado regional da Polícia Civil, Bernardo José Rocha Pinto, Bené foi flagrado, ainda pela manhã, pela equipe de servidores da Justiça Eleitoral, na entrada da cidade, em frente a um posto de combustíveis com duas sacolas cheias de material eleitoral. Na ocasião, o material eleitoral foi apenas apreendido. Já à tarde, o presidente do PT foi flagrado pelo promotor eleitoral da 23ª Zona Eleitoral, Rafael Pinto Alamy, portando propaganda eleitoral, tipo “santinho”, também em seu veículo, próximo à Escola Estadual Comendador Pádua Fleury, no centro de Pedro Afonso, onde fica localizada algumas das sessões eleitorais do município.

Com a denúncia por parte do Ministério Público Eleitoral, policiais militares iniciaram as buscas e localizaram Bené ainda na frente do colégio. Ao ser questionado sobre a prática de crime eleitoral, o dirigente partidário afirmou que estava levando seu irmã para votar. Entretanto, de acordo informações da PM, durante todo o momento em que Bené esteve próximo ao colégio, o rapaz que estaria lhe acompanhando não compareceu em nenhuma das sessões para votar.

Ouvido na Central de Flagrantes da Polícia Civil, Benedito Moura Medeiros foi liberado e responderá ao processo em liberdade, podendo ser punido com pena de detenção de seis meses a um ano, e também pagar multa.

Bené diz que acusações são irreais
Ouvido pela reportagem do Portal CNN na tarde da segunda-feira, 8, Bené alegou que as afirmações de que ele cometia crime de “boca de urna” seriam “inverdades”. “Não houve boca de urna, eu havia apenas levado o meu irmão, que é especial, para votar, juntamente com a minha esposa”, argumentou.

Ele ressaltou ainda que não há comprovação de qualquer ato ilícito de sua parte. “Não tem ninguém que eu abordei, ninguém que eu coagi, não houve boca de urna. Quando meu irmão saiu do carro para votar, juntamente com a minha esposa, eles levaram apenas os santinhos que eram as colas deles. Não entreguei santinhos para ninguém”, assegurou.

Já sobre está com material de campanha política no carro, Bené alegou que por ser presidente do partido acaba levando material no carro. “Não estava fazendo boca de urna. Sobrou materiais no carro e acabei não tirando, o que é comum quando se é uma liderança, mas em nenhum momento cometi atos ilícitos”, frisou.

 

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