Da Redação
O Ministério Público Estadual (MPE-TO), através do promotor de justiça Rafael Alamy, apresentou uma denúncia contra César Xavier Tranqueira, José Augusto Neponuceno e Grazeane dos Santos, acusados de envolvimento no assassinato do lavrador Amilton Alves de Souza, no último dia 15 de outubro. César, conhecido como Xibiu, e José, vulgo Zequinha, já se encontram presos na Cadeia Pública de Guaraí. Grazeane era considerado foragido, mas foi preso na manhã desta quarta-feira, 31, na garagem da Prefeitura de Pedro Afonso, onde trabalhava.
Apontado como principal suspeito de ter executado Amilton, Grazeane se apresentou à Polícia Civil na segunda-feira, 29 de outubro, onde prestou depoimento negando participação no crime. O delegado responsável pelo caso, Gilberto Augusto Silva, contou ao Portal CNN que o suspeito compareceu na Delegacia acompanhado de um advogado.
“Ele se apresentou na segunda, mas como a lei eleitoral veda a prisão por cumprimento de mandado em até 48 horas após as eleições, apenas em flagrante ou por sentença condenatória de crime inafiançável, ele não pôde ser detido”, explicou Gilberto.
“Ele compareceu com o advogado e, como não podia ser preso, prestou depoimento que foi juntado nos autos. O inquérito já estava relatado e ele já estava indiciado. Ele tinha um mandado de prisão em aberto, e como venceu hoje o prazo eleitoral, na manhã desta quarta ele foi detido. Foi dado cumprimento no mandado de prisão preventiva que estava em aberto e, posteriormente, foi encaminhado para Guaraí”, concluíu o delegado.
Em seu depoimento proferido na segunda-feira à Polícia Civil, Grazeane negou ter participação no assassinato de Hamilton e que estava apenas no local do crime. Ao delegado, Grazeane informou que alguém havia lhe entregado uma faca e que, então, ele a teria jogado fora.
A denúncia
Na denúncia apresentada pelo MPE, o promotor Rafael Adetalha como teria ocorrido o crime que, segundo Rafael Alamy, ocorreu mediante promessa de recompensa, por motivo fútil e com recursos que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima.
Conforme o documento, por volta das 0h30 do dia 15 de outubro, em um Bar no município de Pedro Afonso, Grazeane iniciou uma discussão com a vítima por que, supostamente, Amilton teria furtado seu capacete. Ao César e ao José, Grazeane prometeu fornecer drogas se auxiliassem no assassinato do lavrador.
Oferta aceita, os três começaram a espancar Amilton com socos e chutes. César chegou a agredi-lo com uma pedra na cabeça, conforme aponta denúncia do MPE. Já com uma faca, Grazeane “pulou em cima da vítima e lhe executou com dois golpes, um nas costas e outro no abdômen”.
Sete pessoas também foram relacionadas como testemunhas e, na denúncia, o promotor solicita oitiva com todas, além do interrogatório dos denunciados.
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