Henrique Lopes
No último final de semana mais de 70 mil pessoas foram as salas de aula para concorrer a um dos certames mais aguardados do estado do Tocantins. A primeira etapa do concurso da Polícia Militar, que oferece 1.000 vagas para soldados e 40 para oficiais, surpreendeu muitos concorrentes e não foi pelos melhores motivos, diga-se de passagem.
Com o nível elevado de dificuldade, as 60 questões que formaram a prova objetiva deixaram muitos concurseiros suando frio e resultou em uma série de áudios e vídeos que viralizaram na internet.
E foi exatamente por causa do nível da prova que o youtuber de Pedro Afonso Lucas Montanini resumiu em um vídeo, postado nessa terça-feira, 13, a experiência cômica da prova da PM, que segundo ele, “era uma prova para ser procurador-geral da União”.
Assista o vídeo completo aqui.
Até o início da noite desta sexta-feira, 16, o vídeo de 4 minutos, com os momentos desastrosos da prova já tinha tido mais de 150 mil visualizações e quase 3 mil compartilhamentos. Lucas, que trabalha com vídeos há cerca de seis anos, disse que essa é a primeira vez que um vídeo com ele como personagem tem tantos acessos. “O pessoal tem gostado e se identificado com o vídeo, recebi muitos elogios e pedidos para dar continuidade”, revelou.
Já sobre a participação no concurso e as experiências contatas no vídeo viral, o jovem de 24 anos é enfático ao afirmar que “ficou até o final”. “Minha inspiração foi o grau de dificuldade da prova. Eu fiquei até o final, tudo o que eu falei foi o que eu vi na prova, inclusive minha nota foi boa”, contou sorridente sem dizer quantas questões acertou na prova para o cargo de soldado.
Repercussão
Com milhares de visualizações, o vídeo tem chamado a atenção de pessoas por todo o estado. Candidata ao cargo de soldado a agente de recepção Thauana Macedo, moradora de Palmas, considera que o vídeo é fiel a situação da prova. “Eu achei o vídeo tudo o que realmente foi a prova”.
Piada certa da vez nas rodas de amigos, o certame chama atenção até de quem preferiu, desta vez, apenas observar os colegas concurseiros, como é o caso do fiscal de obras Jonathan Silva. “Não sei dizer ao certo quantos dos meus amigos fizeram, mais o que eu tenho acompanhado é que o concurso foi barra pesada, segundo alguns comentários que vi estava nível Albert Einstein”, descreveu sorrindo.
Preocupação
Apesar do viés cômico, escondido atrás do suor frio dos candidatos, dos diversos áudios virais compartilhados nas redes sociais, a falta de preparo dos candidatos chama atenção de alguns professores. Professor de Língua Portuguesa, Marcos André afirmou que embora soe extremamente engraçado, o estranhamento que as pessoas tiveram frente àa prova do concurso, mostra que no Brasil, apesar do número expressivo de pessoas que presta concurso, há falta de preparo.
“Nós temos um número muito pequeno de pessoas que de fato estuda, isso faz com que os concursos tenham sido abarcados por uma minoria que realmente se prepara, principalmente por que as pessoas dão pouca importância para a educação”, argumentou Marcos André.