Política
ITACAJÁ
Cleoman rebate CPI e diz que investigação “tem motivação política de quem não sabe perder”
Henrique Lopes
O prefeito de Itacajá, Cleoman Correia Costa (PR), publicou nesta quarta-feira, 25, nota de esclarecimento sobre a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades em processos licitatórios, além do descumprimento da Lei da Transparência, da Lei Orgânica do Município e da prestação de contas por meio do Sistema Integrado de Controle e Auditoria Pública (Sicap).
Segundo a nota, a gestão foi surpreendida pela instauração da CPI, tendo em vista o conhecimento que os vereadores têm da situação do município que foi assumido por Cleoman, no dia 1ª de janeiro de 2018, após eleições complementares realizadas em 2017. “Recebemos uma estrutura do município sucateada e afundada em dívidas”, disse o prefeito.
Já sobre as alegações sobre a falta de informações junto ao Portal da Transparência, Cleoman disse que a prefeitura estava com o contrato vencido e em débito com a empresa responsável há mais de quatro meses, o que tem impossibilitado a atualização e o funcionamento da página. Ressaltou ainda que a administração realizou licitação para contratação de uma nova empresa, que regulamentou o site e criou o Diário Oficial do Município.
Já a respeito das acusações sobre fraudes nos processos licitatórios, a administração frisou que todos foram realizados de forma legal e de acordo como preconiza a lei.
Em relação à medida provisória que possibilitou a contratação de pessoal, sem autorização da Câmara Municipal, Cleoman afirmou que é um dispositivo previsto na Constituição Federal e Estadual. “Sendo assim, após estudos de impacto financeiro, o prefeito resolveu utilizar esse dispositivo para reestruturar a máquina administrativa, onde reduziu a quantidade de secretarias de 9 para 7 e os cargos de assessores do gabinete de 16 para 8. Na mesma medida reduziu ainda o próprio salário e do vice-prefeito, secretários e diretores”, destacou o texto.
Apesar das justificativas, em que diz ter agido em conformidade com a lei, o gestor ressaltou que a Prefeitura de Itacajá se coloca à disposição para os esclarecimentos necessários. Entretanto, questionou a posição do presidente da Câmara e ex-prefeito interino de Itacajá, Wesley Clayton (PSD), que segundo o atual gestor, é responsável por deixar o município com mais de R$ 2 milhões em dívidas.
“Compreendemos que esse fato se justifica unicamente por motivação política de quem não sabe perder a eleição e quer levar novamente o município ao caos e a instabilidade política e financeira. Reafirmamos que nestes quatro meses de gestão não existiu nenhum ato inconstitucional que levasse a instauração de uma CPI, mas seguimos acreditando na lisura da investigação e de seus membros”, finalizou a nota.
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