O casal de professores Marcos André Silva Oliveira e Nanashara Gomes Arrais encaminhou uma notificação extrajudicial ao diretor geral da Faculdade Rio Sono (Riso), Antônio Edmar Jacinto da Silva, solicitando o pagamento dos dias trabalhados enquanto desempenhavam suas funções na instituição de ensino superior que funciona em Pedro Afonso.
O atraso salarial dos servidores da Faculdade Rio Sono já foi abordando pelo Portal CNN e na época a instituição também sofria com a acusação de ter cancelado o curso de tecnologia agroindustrial sem notificar os alunos. Confira mais clicando aqui.
Segundo a notificação, encaminhada pela advogada Catia Pessoa de Sousa, o professor Marcos André ministrava as disciplinas de Língua Portuguesa e Metodologia Científica para o curso de Administração, e Legislação Agroindustrial para o curso de Tecnologia Agroindustrial. Já Nanashara Arrais era professora das disciplinas de Extensão Rural e Desenvolvimento Tecnológico e Gestão e Segurança do Trabalho, além de desempenhar a função de coordenadora do curso de Tecnologia Agroindustrial.
O documento destaca ainda as diversas tentativas do diálogo junto ao diretor da instituição, entretanto desde que as aulas findaram em 15 de junho de 2017, os pagamentos não foram efetuados.
Segundo o professor Marcos André, que junto com a esposa tem cerca de R$ 4 mil para receber da instituição, o próximo passo será buscar os direitos junto à Justiça. “Vamos ingressar com uma reclamação trabalhista, uma vez que nosso intuito era o diálogo, já que entendíamos que a faculdade seria sensível a nossos direitos. O que não ocorreu”, declarou.
Alunos continuam sem aula
Outro caso preocupante é a falta de diálogo da instituição com os alunos do curso de Tecnologia Agroindustrial. Desde seu encerramento em junho deste ano, os acadêmicos buscam alternativas para retornar os estudos. Entretanto, segundo os relatos, a Faculdade Rio Sono tem feito vista grossa para as demandas dos estudantes que já perderam um semestre de aula, como conta a estudante Madalena Pereira da Costa. “Ainda não resolvemos nossa situação, estamos sem aulas e uma das duas pessoas que já mudaram de curso irá sair da faculdade ao fim do semestre. Disseram que entrariam em contato conosco, mas até agora nada”, contou.
Ainda segundo Madalena, que é casada com um ex-professor da instituição que também aguarda pelo pagamento dos serviços prestados, a sensação é de desânimo. “Eu me sinto lesada, pois foi um ano perdido e sem ressarcimento do prejuízo”, concluiu.
Sem resposta
A reportagem do Portal CNN entrou em contato com a representante da Sociedade Brasileira de Educação (Sobe), Sônia Nogueira, que afirmou que não esteve em contato com o diretor da Faculdade Rio Sono nos últimos dias e que dessa forma não poderia passar uma posição sobre os casos.