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Primos flagrados com 100 gramas de crack recebem liberdade provisória

29/11/2016 18h34 - Atualizado em 01/12/2016 18h11
Primos flagrados com 100 gramas de crack recebem liberdade provisória
Droga encontrada com acusados

Fred Alves

Os primos Carlos Alberto Bezerra Sales, 21 anos, e Rodrigo Batista Bezerra, 18 anos, que foram flagrados por equipes da Polícia Civil e do 3º BPM com 107 gramas de “crack”, ganharam liberdade provisória na tarde da sexta-feira, 25 de novembro.

A decisão foi proferida pelo juiz Milton Lamenha de Siqueira e não foi impetrada fiança. “A prisão é válida e regular, vez que observou as garantias constitucionais atribuídas ao flagrado, por isso homologo o flagrante e os atos praticados. Conquanto a condutas dos flagrados seja reprovável e passível de reprimenda, milita em favor deles uma presunção legal de não culpabilidade. Nesta esteira, só se justificaria, neste momento processual, a manutenção de seu cárcere se sua liberdade pudesse colocar em risco a ordem pública, incolumidade pública, as investigações policiais ou frustrasse o andamento da ação penal, o que não é o causo dos autos. Tenho que eles preenchem os requisitos autorizadores do benefício da liberdade provisória”, diz um trecho da sentença.

Apesar de receberem o benefício da liberdade provisória, a dupla terá que cumprir as seguintes medidas restritivas impostas pelo magistrado: comparecer mensalmente em juízo para justificar e comprovar suas atividades; mudar-se de endereço, sem prévia autorização judicial; recolher-se diariamente em suas residências, das 19 às 6 horas do dia seguinte, e não frequentar bares, festas dançantes e similares, onde haja venda de bebidas alcoólicas.

Ainda conforme a decisão judicial, caso descumpram as determinações sem justificativa plausível, os mesmos podem ser presos imediatamente.

Valor da droga
Um agente da Polícia Civil que preferiu o anonimato explicou à reportagem do Portal CNN, que as 107 gramas de crack encontradas com os primos poderiam ser divididas em até 300 “pedras” menores e cada uma vendida a R$ 10,00. “Com a quantidade apreendida seria possível lucrar em média R$ 3 mil”, explicou.

Frustrado, o agente disse ainda que foi dada a eles [Carlos Alberto e Rodrigo Batista] “uma chance que muitas crianças e adolescentes não estão tendo”, pois segundo ele, “esse tipo de traficante é o que alicia as crianças nas portas das escolas e ruas da cidade"

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