Por dentro do Agronegócio

MISSÃO INTERNACIONAL

Nos EUA, pedroafonsinos participam de seminário e conhecem cooperativa

30/08/2016 11h26 - Atualizado em 06/09/2016 08h51
Nos EUA, pedroafonsinos participam de seminário e conhecem cooperativa
Divulgação

O primeiro dia da Missão de Prospecção de Boas Práticas em Cooperativismo Agropecuário e de Crédito nos Estados Unidos da América (EUA) foi de descobertas e novos conhecimentos para 17 integrantes de três cooperativas do Tocantins.

Na manhã da segunda-feira, 29, eles participaram do Seminário de Líderes de Cooperativas Brasileiras, no Departamento de Cooperativas da Universidade de Wisconsin, na cidade Madison, no Estado do Wisconsin. Criado em 1962, o órgão é o mais antigo centro americano de cooperativismo, e atua no fomento e apoio as cooperativas de todos os ramos com apoio do Governo Federal.

O seminário foi aberto pela diretora executiva do Centro de Cooperativas da Universidade de Wisconsin, Anne Reynolds, seguido de uma introdução com a professora Megan Webster.

Dando sequência o representante do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Greg Bussler, apresentou um panorama das estatísticas agropecuárias dos Estados Unidos. Finalizando as atividades da manhã, o professor do Centro de Cooperativas da Universidade de Wisconsin Brent Hueth explanou sobre o cenário das cooperativas do ramo financeiro.

Estrutura surpreende
Já à tarde, também em Madison, a comitiva tocantinense visitou a Cooperativa Landmark, constituída em 1933, com 16.500 membros e faturamento da ordem de US$ 457 milhões.

Eles receberam informações sobre a estrutura operacional, a capacidade de armazenagem, beneficiamento, secagem, entre outros dados. Além destes serviços, a cooperativa oferece um sistema de gerenciamento empresarial rural e também concessão de crédito para atividade agrícola.

A cooperativa recebe em torno de 4 milhões de sacas de soja por safra e chama atenção sua capacidade operacional. Sua unidade armazenadora tem capacidade de recepcionar em torno de 300 mil toneladas por safra e toda sua estrutura é operada por apenas seis pessoas. O escoamento da produção é feito por via ferroviária, sendo que no ponto de embarque existente dentro do próprio armazém são carregados 100 vagões de trem, com 75 mil toneladas, em apenas oito horas.

Primeira avaliação
O presidente do Conselho de Administração do Sicoob Credipar, Francisco de Assis Filho, disse ter achado interessante o modo que o americano apresenta o cooperativismo, com ênfase na busca pela diminuição dos custos para os cooperados.

“São pequenos produtores com uma estrutura impressionante e excelência na questão organizacional. Eles têm um custo operacional muito baixo e a grande vantagem é a expedição da safra tudo via ferrovia. Isso dá um competividade muito grande. As instalações são modernas, algo de primeiro mundo”, comentou o agricultor Moacir Catabriga, associado da Coapa, ao falar da visita à Cooperativa Landmark.

Para o presidente do o Sistema OCB/Sescoop-TO, Ricardo Khouri, no primeiro dia da missão já foi possível perceber algumas diferenças básicas do cooperativismo americano em relação ao que se pratica no Brasil. “A competitividade e a eficiência necessárias no sistema cooperativista é que vão determinar o espaço que cada cooperativa vai conquistar dentro do mercado que é altamente competitivo. Foi muito produtivo esse primeiro dia de trabalho aqui”, resumiu.

Roteiro
A viagem de estudos segue até sexta-feira, dia 02 de setembro. A missão é formada por dirigentes e colaboradores da Coapa, Sicredi e Sicoob Credipar. O roteiro da viagem contempla ainda visitas à Associação Nacional das Cooperativas de Crédito, propriedade rural e a Bolsa de Valores de Chicago.
 

VEJA TAMBÉM: