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Morador de Colmeia precisa de R$ 200 mil para realizar cirurgia

10/07/2016 15h35 - Atualizado em 12/07/2016 16h21
Morador de Colmeia precisa de R$ 200 mil para realizar cirurgia
José Lucas com a esposa e a filha

JD Matos 

Um morador de Colmeia está precisando de ajuda para conseguir R$ 200 mil, com o objetivo de fazer uma cirurgia fora do Tocantins. José Lucas Ferreira dos Santos é aposentado por invalidez, tem 31 anos, e em 2008 descobriu que tinha Síndrome de Marfan. Esta doença é congênita hereditária do tecido conjuntivo e afeta cerca de uma em cada 10 mil pessoas.

A síndrome é caracterizada por anormalidades dos olhos, ossos e sistema cardiovascular. Dentre as alterações nesses órgãos, incluem vários problemas como miopia, descolamento da retina, desvio da coluna e lesões da artéria aorta.

Santos precisa fazer uma cirurgia na aorta do coração para descomprimir a pressão na corda vocal esquerda. Este problema é derivado da síndrome. Mas segundo Santos, como é uma cirurgia de alto risco, podendo perder a voz e até ficar paraplégico, o médico que está acompanhando-o, orientou que fizesse fora do Estado e particular. O valor estimado da cirurgia é de R$ 200 mil.

Para arrecadar o dinheiro, Santos abriu uma conta poupança para receber as doações. Até o momento, ele conseguiu o valor R$ 15 mil.

Descoberta da doença
Santos conta que descobriu que tinha a doença rara em junho de 2008, quando deslocou a retina do olho direito e teve que passar por uma cirurgia com urgência. Nos exames para poder fazer esta cirurgia, descobriu que tinha a Síndrome de Marfan. “E eu tinha duas escolhas: uma era operar a visão para correção da retina e outra era realizar a cirurgia cardíaca, porém o médico do olho não realizava a cirurgia se não fizesse a correção do problema no coração”, explicou.

No mês seguinte, foi realizada a cirurgia cardíaca com sucesso. “E em novembro do mesmo ano, realizei o procedimento de correção da retina e o médico do olho disse que foi um milagre, porque se não tivesse operado naquele tempo, em 24 horas teria ficado cego”, desabafou José Lucas que é casado e tem uma filha de um ano.

Quando pensava que não teria mais problemas de saúde, no início desse ano sentiu uma forte dor na coluna e logo depois começou a perder a voz. “Como não melhorava eu decidi procurar um especialista em garganta e foi constatado que a corda vocal esquerda estava paralisada. A médica suspeitava que poderia ser um câncer; me pediu uma ressonância do tórax e da coluna cervical para verificação. Foi constatado que a aorta do coração estava comprimindo a corda vocal esquerda e ela me encaminhou para um médico do coração”, contou Santos.

Após avaliação do cardiologista, foi diagnosticado que o problema tinha retornado. “E por isso terei que passar por dois novos procedimentos cirúrgicos e de lá pra cá venho tentando conseguir a cirurgia pelo SUS”, disse.

Mas no começo desse mês, o médico descartou todas as possibilidades de fazer a cirurgia pelo SUS no Tocantins, pois esse procedimento é de alto risco e sugeriu que realizasse o procedimento particular.
Síndrome
A Síndrome de Marfan é uma doença do tecido conjuntivo e mostra uma prevalência de 1/10.000 indivíduos. Aproximadamente 30% dos casos são esporádicos e o restante familiar. Em outras palavras, a doença é genética porque podem existir várias pessoas afetadas na família.
As principais manifestações clínicas da doença concentram-se em três sistemas principais: o esquelético, caracterizado por estatura elevada, escoliose, braços e mãos alongadas e deformidade torácica; o cardíaco, caracterizado por prolapso de válvula mitral e dilatação da aorta; e o ocular, caracterizado por miopia e luxação do cristalino. A essa possibilidade de atingir órgãos tão diferentes denomina-se pleiotropia.
DADOS BANCÁRIOS
Agência nº: 1.306-4 – Colméia TO
Conta poupança: 12.847-3 variação 51
José Lucas Ferreira dos Santos
 

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