A deputada federal Josi Nunes(PMDB/TO) usou a tribuna na tarde desta terça-feira,27, para tratar sobre a Violência contra a Mulher no Brasil, tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio(ENEM) realizado no último final de semana. “Em meio às críticas sobre o tema "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira" e os argumentos de que este seria um tema de “esquerda” e aqui, não quero entrar nesta questão, tenho que dizer que a escolha do tema da redação do Enem deste ano foi sim, muito pertinente”, declarou.
A parlamentar citou o diagnóstico dos Homicídios no Brasil divulgado pelo Ministério da Justiça que aponta Palmas como a capital do país com maior taxa de violência doméstica. “Conforme os dados divulgados, na Capital do Tocantins, em 2014, foram registradas 133 agressões por 100 mil habitantes, ocorridas dentro das residências. O Tocantins, lamentavelmente, está em segundo lugar na categoria no ranking entre os estados brasileiros, registrando 57,31 casos por 100 mil habitantes. É uma noticia que nos deixa triste”, lamentou.
Conforme a deputada, esses dados teriam sido coletados do Sistema Nacional de Agravamento de Notificação, do DataSus, apontando vítimas de agressões que chegam a ser atendidas em hospitais. E teria como objetivo subsidiar o Ministério da Justiça na compreensão das taxas e causas dos homicídios para o desenho inicial de ações e estratégias.
Ao apontar uma pesquisa da Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, divulgada em maio deste ano, que revela que 80% das mulheres agredidas no país, não querem que o autor da violência seja punido com prisão, Josi fez um alerta a todas as mulheres do país. “ O alerta que quero deixar aqui, não só para as mulheres do Tocantins, mas para as mulheres de todo o nosso País, é que denunciem. Não aceitem qualquer tipo de violência, seja ela física, verbal ou psicológica. Disque 180 e denuncie o agressor. Nós temos a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio, que nos amparam e que são grandes conquistas para todas as mulheres deste país. Nós mulheres não somos obrigadas a passar por qualquer tipo de agressão. Todo ser humano merece uma vida de paz e respeito”, alertou. (Da Assessoria)