Política

TROCA DE ACUSAÇÕES

Vereadores repercutem eleição e o clima esquenta na Câmara

24/11/2015 15h29 - Atualizado em 24/11/2015 18h28
Vereadores repercutem eleição e o clima esquenta na Câmara
Fred Alves

Fred Alves

O clima ficou tenso na primeira sessão após a eleição que elegeu o vereador Sipriano (PMDB) e os demais membros da mesa diretora que administrará a Câmara Municipal de Pedro Afonso em 2016.

A reunião realizada na manhã da quinta-feira, 12 de novembro, teve acusações, tapa em mesa e discussões acaloradas.

Salim Bucar (PMDB) reclamou do não cumprimento de um acordo feito ainda no início do atual mandato, pelos vereadores eleitos pela oposição, de que haveria uma espécie de rodízio na presidência ao longo de quatro anos. “Não vim na eleição porque não ia fica de bobo, com a cara pra cima e não ia fazer papel de otário. Temos que ser homens e cumprir os compromissos”, disparou Salim.

Mirleyson Soares (PT), que teve o nome ventilado para encabeçar uma chapa na eleição da mesa, disse que por não se tratar de uma sessão ordinária e regimental, não tinha a obrigação de participar. “Fez alguma diferença a oposição não participar? É uma opinião nossa, ela tem que ser respeitada”, afirmou. O petista ainda questionou declarações do vereador Coelho (DEM) que disse ter sofrido pressão para compor com o grupo da oposição. “Quando disse que sofreram pressão, porque não fala tudo, só fala o que convém?”, declarou.

Cabresto
A vereadora Sirleide do Movimento (PMDB) também lembrou não ser obrigatória a presença do parlamentar em um sessão de eleição da mesa diretora. “Vou fazer o quê aqui se já tem uma chapa fechada e não fui convida a participar? Estaria sendo praticamente intrometida. O motivo de eu não ter participado foi este. Chapéu de otário é marreta. Não sou otária. Eu nunca vou faltar é a sessão que delibere assuntos de interesse da população”, discursou.

A peemedebista ainda acusou o governo municipal de interferir na eleição da mesa diretora da Câmara de Pedro Afonso. Segundo ela, “toda eleição da mesa tem o dedinho da gestão municipal e do Jalles Mariano [secretário municipal de Relações Institucionais e de Assistência Social]”. Sirleide ainda afirmou que o legislativo precisa ser independente e criticou vereadores: “Câmara não é extensão da Prefeitura. Vereador que tem cabresto tem mais é que fazer panelinha mesmo”.

Depois de parabenizar Sipriano pela conquista, Sirleide ainda afirmou que está fazendo o levantamento e vai fiscalizar os gastos de todas as gestões da Câmara.

Clima quente
Já o vereador Coelho se dirigindo a Mirleyson Soares afirmou que se fosse candidato e tivesse apenas um voto teria ido a sessão para expor suas ideias, lembrando que cada vereador tem sua representatividade. Ele também refutou a afirmação de que existiria o chamado “voto de cabresto”. “É democrático, cada um vota como quer. Precisar haver, sim, parceria da Câmara com o Executivo para o bom andamento da cidade. Ninguém aqui está sendo encabrestado ou comprado pelo prefeito, se ele enviar projeto imoral para cá, com certeza não aprovaremos”, disse.

Logo após o clima ficou tenso quando Coelho, batendo forte na mesa e gritando, afirmou ter recebido oferta de dinheiro para apoiar uma chapa oposicionista, e iniciou uma discussão aos gritos com os vereadores Rodrigo Lustosa (PSD) e Mirleyson Soares, que disseram para Coelho dizer quem teria feito a proposta.

A sessão teve que ser suspensa pela presidente da Casa de Leis Lili Benício (PSD). No retorno, a parlamentar disse que os poderes constituídos devem ser harmônicos e independentes. Ainda afirmou não ter pedido apoio do prefeito Jairo Mariano (PDT) para se eleger presidente.

Ainda durante a reunião, Sipriano disse em tom conciliador que buscará administrar com apoio de todos os vereadores, inclusive os oposicionistas.

Falta
A vereadora Irene do Sindicato (PDT) foi a única a faltar à sessão desta quinta-feira, 12. Segundo informado, ela teria viajado para resolver problemas familiares.
 

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