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Justiça aceita denúncia contra 19 acusados de tráfico de drogas investigados na Operação Renascimento II

13/10/2015 16h03 - Atualizado em 13/10/2015 20h39
Justiça aceita denúncia contra 19 acusados de tráfico de drogas investigados na Operação Renascimento II
Arquivo CNN

João Paulo Bueno e Fred Alves

O juiz da Vara Criminal da Comarca de Pedro Afonso, Milton Lamenha de Siqueira, recebeu, no dia 1º de outubro, denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado do Tocantins contra 19 acusados de tráfico de drogas e associação para o tráfico, em decorrência da operação Renascimento II. A investigação foi realizada pela Polícia Civil nos municípios de Pedro Afonso e Bom Jesus do Tocantins.

A denúncia foi feita pelo promotor de justiça Rafael Pinto Alamy, também no dia 1º de outubro.

Os acusados têm dez dias a partir do recebimento da notificação para apresentarem defesa prévia. Caso isso não ocorra, conforme o despacho do magistrado, fica nomeada a Defensoria Pública para fazer a defesa.

Das 19 pessoas denunciadas, 17 estão presas preventivamente. São elas: Gilberto do Bonfim Pereira, conhecido por “Zezão”, 33 anos; Moisés Ferreira dos Santos, 19 anos; Leandro Sousa Coelho, vulgo “Le”, 20 anos; Carlos Renato Villa de Melo, o “Paulista”, 29 anos; Maxsuel Gama de Souza, 25 anos; Clézio Soares Vila Nova, 19 anos; Walisson Sousa Cardoso, o “Assim”, 20 anos; Francisco Machado de Oliveira, 38 anos, também conhecido como “Romarinho”; Marcos Vinícius Ferreira da Silva, vulgo “Piloto”, 19 anos; Gleison Almeida Pereira, vulgo “Faísca”, 30 anos; José Maria Avelino da Silva, 25 anos; José Fabiano da Silva, 30 anos; Edna Pinheiro da Silva, 26 anos; Lucas Noleto Lobo, 20 anos; Matheus Noleto Lobo, 23 anos; Rene dos Santos Carvalho, 20 anos, e Mauricélia Pereira Guimarães, também conhecida como “Célia”, 40 anos.

Já Gabriel Soares, idade não informada, e Vanderley Rocha de Carvalho, vulgo “Esquerdinha”, idade não informada estão foragidos.

“Tele-drogas” e movimentação de R$ 50 mil por mês
Gilberto Pereira, conhecido por “Zezão”, foi identificado como o chefe da quadrilha que chegava a movimentar cerca de R$ 50 mil por mês, conforme aponta a investigação da Polícia Civil.

A denúncia do MPE para a Justiça indica que os presos mantinham a atividade ilegal reiteradamente e que uma rede de comércio de drogas estava formada entre os réus a partir de Zezão.

“Gilberto era o ‘chefe do grupo’ e os demais denunciados se associaram a ele, vendendo e fornecendo a droga na invasão do Setor Aeroporto, em Bom Jesus do Tocantins, e também por telefone, ficando evidenciado ainda que alguns deles realizavam a chamada ‘correria’ para Gilberto”, diz o promotor no texto levado para a Justiça.
O Ministério Público, a partir das informações da Polícia Civil, informou que desde 2014 o grupo realizava o tráfico de drogas na região onde aconteceu a Operação Renascimento II. Segundo as investigações, o grupo criminoso vendia e fornecia maconha e crack por meio até de um “tele-drogas”.

“Gilberto do Bonfim Pereira associado com os demais denunciados mantinha, vendia e fornecia (...) maconha e crack em pequenas quantidades. A combinação era feita através de contato telefônico e posterior entrega e recebimento do dinheiro. (...) Os denunciados prestavam mútuo auxílio, indicando usuários uns aos outros quando, eventualmente, não tinham mais drogas para o comércio”, relata na denúncia, o promotor Rafael Alamy Pinto.

“Os indícios de autoria e a materialidade do delito estão suficientemente comprovados no acervo probatório amealhado, inclusive pelos depoimentos, auto de apreensão e relatório de transcrições das conversas interceptadas”, consta no relatório do Ministério Público.

Operação Renascimento II
Em julho de 2015, uma grande força-tarefa foi colocada em prática logo na madrugada do dia 29 com trabalhos coordenados pelo delegado Regional de Pedro Afonso, Wlademir Costa Mota Oliveira. Participaram 25 policiais de Pedro Afonso, Itacajá, Miracema do Tocantins e Guaraí, além de uma equipe do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE), de Palmas. O Destacamento da Companhia Independente de Polícia Militar Rodoviária e Ambiental (Cipra) também contribuiu no período de investigações.

Com mandados de busca, apreensão e prisão expedidos na época pela juíza Luciana Costa Aglantzakis, os policiais chegaram aos presos e também realizaram várias apreensões nos locais onde moravam os réus, resultando na apreensão de duas motos, um carro, drogas, aparelhos eletrônicos, duas espingardas artesanais “bate-bucha”, celulares e dinheiro.

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