João Paulo Bueno, com dados da entidade organizadora
Foi lançado no último dia 7 de outubro, o Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (IOEB) pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em São Paulo, com apoio de importantes instituições de investimento social privado. São elas o Instituto Península, a Fundação Roberto Marinho e a Fundação Lemann. A ideia é avaliar quais são as oportunidades educacionais de crianças e jovens de 0 a 17 anos nas cidades.
Pedro Afonso e Guaraí estão com nota de 4.3. Já Bom Jesus de Tocantins e Tupirama estão com 4.1. Esses municípios estão abaixo da média nacional e dentro do índice visto do estado do Tocantins. Combinado, Figueirópolis e Fortaleza do Tabocão são os municípios mais bem posicionados no índice.
O índice identifica quanto cada cidade ou estado contribui para o sucesso educacional dos indivíduos que lá vivem. O IOEB oferece os dados sobre a qualidade do ecossistema da educação para crianças e jovens de uma determinada localidade. A pergunta a que o IOEB se propõe a responder é: qual município e estado oferecem as melhores oportunidades de educação para crianças e adolescentes?
Assinado pelo mesmo autor do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (IDEB), Reynaldo Fernandes, ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), e por Fabiana de Felicio, exdiretora de Estudos Educacionais do INEP o IOEB aperfeiçoa o sistema de controle social da educação.
O IOEB inclui as crianças e adolescentes em idade escolar que deveriam estar na escola e não estão responsabilizando, de forma inédita, municípios e estados por todas as crianças e adolescentes que vivem naquela localidade e não estão na escola.
O índice de oportunidade mostrou que Pedro Afonso, Guaraí, Tupirama e Bom Jesus do Tocantins estão com nota semelhante à média estadual, abaixo da média nacional e longe de índices dos municípios com melhores notas. O município com melhor nota no Brasil é Sobral no Ceará, que chegou a nota 6.1 no índice que vai até 10.
O IOEB calcula, de forma conjunta, como está o comportamento de todas as redes de educação do município (estadual, municipal e privada). Por isso, o IOEB é também uma ferramenta para incentivar e cobrar que os gestores da educação trabalhem em conjunto pela melhoria da qualidade da educação dos municípios e estados.
Resultados e insumos
O IOEB é formado a partir da relação de um conjunto de fatores e os respectivos pesos atribuidos a cada fator. Esses fatores estão divididos em dois grupos: insumos educacionais, ou seja, fatores determinantes de um bom resultado educacional e resultados educacionais, sejam deles de atendimento, de aprendizado ou de aproveitamento escolar.
Para chegar aos indicadores de resultado educacional são analisados o Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental mais o Ideb anos finais do ensino fundamental e a Taxa Líquida de Matrícula do ensino médio. Os indicadores de insumos e processos educacionais é um resultado da análise da escolaridade dos professores, número médio de horas aula/dia, experiência dos diretores e a taxa de atendimento na educação infantil.
Confira o mapa do IOEB e clique sobre os pins
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