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Promotor ambiental rebate declarações e pretende tomar medidas contra a vereadora Sirleide do Movimento

21/10/2015 16h47 - Atualizado em 21/10/2015 17h00
Promotor ambiental rebate declarações e pretende tomar medidas contra a vereadora Sirleide do Movimento
Promotor Rafael Alamy

Fred Alves

O promotor Rafael Pinto Alamy entrou em contato com a redação do CNN para responder afirmações da vereadora Sirleide do Movimento (PMDB) feitas na sessão desta quarta-feira, 21 de outubro. Na ocasião, a parlamentar cobrou providências dos órgãos ambientais, do Ministério Público Estadual e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente em relação às queimadas que estão ocorrendo em Pedro Afonso e causam prejuízos ao meio ambiente e à saúde das pessoas. Durante discurso, a peemedebista disse que é preciso o promotor responsável pela área ambiental tomar providências para “fazer jus ao salário”.

Rafael Alamy explicou que além dele, a Comarca de Pedro Afonso conta com mais um promotor, sendo que ele é responsável por assuntos relacionados a crimes ambientas, dentre os quais incêndios florestais, mas não o meio ambiente como um todo, que seria atribuição da 2ª Promotoria de Justiça. Relatou que no último mês de agosto instaurou procedimento criminal contra a Bunge por incêndios praticados. O processo, segundo ele, deve ser concluído até o final deste ano.

O promotor disse, ainda, que em um dos incêndios foi pessoalmente ao foco, na estrada que liga a Santa Maria, e instaurou procedimento criminal, que poderá ser comprovado por várias testemunhas, tais como proprietários de fazendas.

Conforme o promotor, em relação aos demais incêndios, como é impossível estar em todos os focos ao mesmo tempo, pede aos órgãos ambientais e a população por meio de fotografias que repassem ao Ministério Público informações de qual área se trata, para facilitar a apuração.

O promotor também comentou as declaração da vereadora Sirleide do Movimento de que ele deveria apurar para “fazer jus ao salário”. Rafael Alamy afirma que entrará em contato com a assessoria jurídica do Ministério Público Estadual para a tomada de providências cabíveis contra a parlamentar, pois para ele, “foge de sua imunidade material utilizar essa expressão descabida típica de programas populares de baixo nível, o que não se coaduna com uma nobre função que é a prestada por vereadores”.

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