Lia Raquel Mascarenhas Lacerda
Pedroafonsina, bacharela em Direito e escritora
“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo pode dizer a Ele: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu em quem confio”. Salmos 91:1
Quando eu era criança, meus pais tinham o costume de escolher alguns capítulos da Bíblia e de lê-los repetidamente até que eu e minha irmã decorássemos. Dentre os capítulos encucados à nossa mente, estava o 91 (noventa e um) do livro de Salmos. Aprendemos e o recitamos por várias vezes. Até hoje, eu o tenho guardado como hóspede diferenciado em meu coração.
Cresci tendo o Salmo 91 na mente, mas nunca tinha me atentado de forma profunda às suas palavras, precisamente ao primeiro verso, citado acima.
O salmista declara que só quem habita no esconderijo do Altíssimo poderá dizer que Deus será o seu Senhor, Baluarte e Refúgio. O infinito “habitar” nos leva ao sentido de fazer morada, viver, ocupar como residência. Logo, não significa “ir de vez em quando” ou “passo lá apenas quando os problemas aparecerem”. Habitar no esconderijo do Mestre é tê-Lo como casa, como morada permanente. Se eu só desejo fazer uma visitinha rápida, jamais terei o direito de fazer a mesma afirmação do Salmista.
Hoje, depois de alguns anos, comecei a entender o real sentido desse verso. Façamos dEle o nosso esconderijo diário, refúgio e baluarte. Habitemos hoje, amanhã e por toda eternidade, nAquele que é infinitamente poderoso “para fazer bem mais do que pedimos ou pensamos” .