Fred Alves
Pioneira na produção de grãos e também na integração lavoura-pecuária, a Fazenda Brejinho fEz história ao ser a primeira empresa do agronegócio de Pedro Afonso a comercializar uma carga de látex, também chamada borracha branca, nesta região do Tocantins.
Na tarde dessa quinta-feira, 28 de maio, foram embarcados 13.760 quilos produzidos no seringal da propriedade. Como o caminhão não tinha espaço, outras duas toneladas ficaram estocadas.
O produtor foi comercializado a R$ 3,00 o quilo, bem acima do preço de mercado – em média R$ 2,00 – por já está seco e pronta para beneficiamento.
A carga foi comprada por uma indústria de São José do Rio Preto (SP) que prepara o produto e vende a fábricas de pneus brasileiras.
O látex foi extraído de uma área de 12 hectares plantada ainda em 2007. Atualmente são 150 hectares de seringueira cultivados na propriedade.
“Resolvemos cultivar seringueira para diversificar as culturas e ter uma renda mensal que pode ajudar a pagar custos fixos como energia elétrica e salários funcionários. É uma cultura que tem alta rentabilidade comparada à soja e o gado; ocupa uma área relativamente pequena e dá uma receita mensal”, explica o agrônomo João Damasceno de Sá Filho, um dos proprietários da Fazenda Brejinho.
O também agrônomo José Edgar de Castro Andrade, outro sócio da fazenda, lembra que o cultivo de seringueira é viável economicamente para a agricultura familiar. Lembrou que países como a Malásia e a Birmânia já desenvolvem experiências de sucesso que ajudam a melhorar as condições de vida dos pequenos agricultores. “Isso pode acontecer aqui no Brasil se haver investimento governamental”, salientou.
Na próxima edição do Centro-Norte Notícias, que circula na primeira quinzena de junho, você confere matéria especial sobre o cultivo de seringueira em Pedro Afonso.