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Fé e devoção marcam a procissão do Dia de São Pedro

29/06/2015 21h04 - Atualizado em 09/07/2015 11h01
Fé e devoção marcam a procissão do Dia de São Pedro
Fred Alves

Fred Alves

Uma procissão saindo do local onde ficava o antigo Mangal, às margens do Rio Tocantins, percorrendo as Ruas Constâncio Gomes e Anhanguera, até a Igreja Matriz, finalizou o Festejo de São Pedro Afonso.

O evento religioso foi realizado no início da noite da segunda-feira, 29 de junho, data em que se comemora o santo padroeiro de Pedro Afonso.

Católicos de todas as idades participaram da caminhada que contou com orações e cânticos de louvor. Ao final, o padre Adhailton Lima Coelho celebrou missa.

O Festejo de São Pedro começou no último dia 20 de junho e contou com missas, batizado, além de quermesse com comidas e bebida típicas, leilões, bingo e apresentações de artistas pedroafonsinos.

O padre Adhailton Lima Coelho, que está na paróquia desde fevereiro deste ano, destacou que a procissão celebra um dia de festa para os católicos. “A Igreja está em festa, esse é um momento de manifestação de nossa fé e ao mesmo tempo tem caráter penitencial”, explicou. Ainda segundo o religioso, o balanço do Festejo de São Pedro é positivo, principalmente em relação a grande participação de fieis nos dias de novena.

Príncipe dos Apóstolos
Nesta segunda-feira, 29 de junho, é comemorado o Dia de São Pedro, padroeiro de Pedro Afonso. Não há documentos que esclareçam o que levou São Pedro ter sido o escolhido como padroeiro do município. Relatos dão que conta que o fato está ligado ao nome da cidade, outras que tem relação com a localização da cidade entre dois rios e o fato de a pesca ser uma das atividades mais praticadas pelos moradores.

Fundador da Igreja Católica junto com São Paulo, Pedro era intitulado o Príncipe dos Apóstolos e foi o primeiro Bispo da Igreja de Roma e, portanto, o primeiro papa da Igreja Católica. Seu nome original era Simão, nasceu em Betsaida, Galiléia, filho de Jonas, era pescador junto com seu irmão André.

O encontro de Simão com Jesus Cristo se deu em Betania à beira mar quando este cedeu um de seus barcos para que Jesus pudesse subir e falar à multidão que o esperava. Após a pregação o Mestre mandou que Simão atirasse suas redes ao mar e pescasse. Relutante, pois já havia tentado a pesca sem sucesso, Simão atende a ordem e se surpreende com a quantidade de peixes que abarrotam suas redes. Diante disso, crente no poder divino, Simão se dispõe a seguir Jesus Cristo em sua peregrinação.

Foi o primeiro apóstolo a reconhecer o poder divino de Cristo e por isso passou a ser chamado pelo mestre de Cefas que em aramaico quer dizer “rocha”, em latim passou a ser Petrus, em português Pedro. A importância dessa mudança no nome é vista na palavra de Jesus Cristo que diz: “E eu te declaro: tu és Cefas e sobre esta Cefas edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela." (Mateus 16, 18). Evidenciando dessa forma o papel de Pedro na fundação da Igreja Católica.

Pedro teve seus momentos controvertidos como a passagem da tripla negação. Porém, teve sua consagração, pois foi o primeiro para quem Cristo apareceu após ressuscitar. Com a Ascensão de Cristo, reuniu os apóstolos e fez seu primeiro sermão no Dia de Pentecostes. Após passar por Antioquia e Síria, encontrou-se com Paulo em Jerusalém onde foi preso por ordem do rei Agripa I e levado a Roma, durante o reinado de Nero, onde passou a viver. Por suas pregações foi martirizado e morto sob ordem do imperador. Seu túmulo encontra-se na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

São Pedro é considerado o protetor dos pescadores e das viúvas. Além disso, é apontado como o “guardião dos portões do Paraíso” e “comandante das chuvas”. (Colaborou Wellitânia Abreu)
 

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