Fred Alves
Criada em 14 de julho de 2002, a Vila Mata verde tem atualmente 323 moradores vivendo na sede e em propriedades rurais das imediações. Assim como milhares Brasil afora, a comunidade localizada na zona rural de Pedro Afonso sofre com a falta de infraestrutura e serviços básicos como água tratada e atendimento médico periódico. Hoje, a água consumida vem de cacimbas e o médico da rede municipal atende uma vez por mês na escola da vila, já que não há posto de saúde.
Quem mais sofre com a situação são as crianças. “Os meninos dão verme e diarreia por causa da água”, conta o presidente da Associação dos Pequenos Produtores e das Crianças Carentes, Juarez Francisco Pereira, o “Chico Chapéu de Couro, um dos fundadores da Vila Mata Verde.
Mesmo a água de poços e sem tratamento fica escassa no período de estiagem que começa neste mês. Então, a comunidade é abastecida por caminhões pipas enviados pela Prefeitura de Pedro Afonso. Garantem que a água é tratada.
Outra reclamação diz respeito ao funcionamento do transporte escolar. Um pai relatou que os filhos de 7 e 8 anos de idade saem de casa às 8 da manhã e chegam às 9 da noite.
Na tarde da sexta-feira, 22 de maio, os moradores receberam sete dos nove vereadores em uma sessão itinerante. Rodrigo Lustosa (PSD) e Salim Bucar (SD) faltaram. A reunião ocorreu na escola improvisada da comunidade. Uma maior está sendo construída, mas ainda não há previsão de conclusão.
Na sessão foram aprovados requerimentos para construção de oito casas populares, construção de poço artesiano, pedido de informação sobre o horário de atendimento do médico na vila, disponibilização de máquinas para patrolar as ruas da localidade e trator para atender as associações rurais, e ainda a construção de um posto de saúde. As matérias são de autoria, respectivamente de Sipriano (PMDB), Coelho (DEM), Sirleide do Movimento (PMDB) e Lili Benício (SD).
Agora, cabe ao prefeito Jairo Mariano (PDT) atender as demandas.
Presente à reunião, o secretário de Assistência Social, Jalles Mariano, apresentou cópia de ordem de serviço do prefeito para a construção de um poço artesiano profundo para abastecer o reservatório já existente no local. Assegurou que o problema da falta de água pode ser resolvido ainda no primeiro semestre deste ano. Outras demandas nas áreas social e de infraestrutura serão avaliadas.
Já a secretária de Educação, Flávia Marson, prometeu solucionar o caso do transporte dos alunos em comum acordo com os pais.
Discussão
A nota triste da sessão, sobretudo para os moradores que foram em busca de soluções para os problemas, foi a discussão acalorada protagonizada entre a vereadora Sirleide do Movimento e o secretário Jalles Mariano, até pouco tempo aliados e que hoje militam em campos opostos.