Henrique Lopes e Fred Alves
O presidente regional do Partido Verde (PV), Marcelo Lelis, esteve na noite da sexta-feira, 23 de maio, em Pedro Afonso, reunido com líderes do seu partido e políticos de outras legendas.
A visita a Pedro Afonso faz parte do projeto “Por uma Atitude de Cidadania” e percorreu diversas cidades da região Centro-Norte. Durante as visitas aos municípios foram realizadas filiações e apresentados nomes de pré-candidatos a concorrer às eleições municipais em 2016.
Em entrevista exclusiva ao CNN, Marcelo Lelis disse que com o fortalecimento do partido as projeções para as eleições municipais de 2016 são as melhores. Para ele, o aumento de representantes do PV nos municípios é um reflexo do trabalho feito pelo partido. “Eu lhe digo com tranqüilidade, o PV em 2016 vai eleger entre oito e 12 prefeitos e nós sairemos da marca de 43 vereadores, que já temos, para algo em torno de 150 vereadores em todo o Estado”, projeta o ex-deputado estadual.
Em Pedro Afonso, apesar da boa relação entre o Partido Verde e a gestão do prefeito Jairo Mariano (PDT), Marcelo Lelis diz que respeita as articulações dos líderes municipais, mas a principal intenção é buscar nomes de pré-candidatos a prefeitos em todos os municípios do Tocantins. “Nós estamos em busca de bons nomes que queiram disputar as eleições para vereador e para prefeito. Agora, naturalmente, a gente respeita as articulações da nossa presidente, Kleybenny Rodrigues, em Pedro Afonso”, revela Lelis.
Durante as visitas na região Centro-Norte, algumas pré-candidaturas a prefeito já foram firmadas. No município de Itapiratins, o ex-vice-prefeito Amilton é o indicado. Em Santa Maria, o recém-filiado, Baixa Funda, ex-prefeito da cidade, foi anunciado como pré-candidato. Já em Recursolândia a ex-vice-prefeita e atual assessora de gabinete do município, Nadi Teixeira, foi anunciada como pré-candidata ao cargo de gestora municipal.
Movimento Por uma Atitude de Cidadania
Um dos motivos para a criação do movimento “Por uma Atitude de Cidadania”, como descreve Marcelo Lelis, é o aumento do interesse das pessoas e líderes em construir o PV e dar maior visibilidade ao partido no Tocantins.
“Nós somos um partido pequeno e tivemos uma atitude ousada e corajosa. O partido me lançou pré-candidato a governador e nós começamos a nossa caminhada com 4% das intenções de voto. Quando fizemos a composição com o governador Marcelo Mirando já tínhamos 19,8% das intenções”, frisa.
Ação semelhante foi executada pelo partido em 2014, onde Marcelo Lelis e outros líderes do PV percorreram os municípios tocantinenses com o movimento “Por Uma Alternativa de Mudança”.
“Eu comecei a receber em Palmas, líderes interessados em participar do PV e disputar as eleições 2016 pelo partido. Daí, nós pensamos, se aquele movimento da eleição passada foi tão bem sucedido porque não, agora, repetir o modelo e rodarmos novamente o estado todo, os 139 municípios, dando posse aos nossos presidentes em suas cidades”, explica Lelis.
Candidatura
Questionado sobre a possibilidade de se lançar candidato a prefeitura de Palmas, apesar da condenação sofrida durante a última eleição, Marcelo Lelis disse tem convicção que poderá concorrer normalmente e que foi vítima de uma das maiores perseguições políticas da história do estado. O juiz Marcelo Faccioni, da 29ª Zona Eleitoral de Palmas, considerou que o então deputado estadual Marcelo Lelis cometeu abuso de poder econômico nas eleições municipais de Palmas em 2012. Baseado nisso, ele decretou a inelegibilidade do político por oito anos, a partir de 2012.
“O que houve foi uma das maiores perseguições políticas da história desse Estado. Algo incompreensível. Eu disputei uma eleição municipal, perdi. O TRE julgou a minhas contas da campanha que foram aprovadas sem ressalvas e logo depois que deixei o grupo político do ex-governador Siqueira Campos essas coisas [denúncias] começaram a acontecer. Tenho convicção que nós vamos reverter, em Brasília, ainda este ano”, revelou Marcelo Lelis.
Polêmica com Amastha
Recentemente Marcelo Lelis esteve envolvido em uma polêmica com o atual prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB). No centro da discussão estava à retirada da placa original da inauguração do Parque Cesamar, datada de 18 de março de 1988. Ao comentar o assunto, o ex-deputado parabenizou o prefeito de Palmas pela reforma, mas considera que a revitalização não da direito de tirar a placa original de inauguração do parque.
“A história do Parque Cesamar é a história da capital. Aí você tem um monumento, que é uma pedra, e naquela pedra foi instalada a placa que registra o momento da inauguração do parque. Ai você tem uma reforma, que nós todos devemos parabenizar, mas isso não dá direito ao prefeito de mandar arrancar a placa da pedra, a placa original e colocar outra placa. Eu defenderei e nós vamos abrir uma ação judicial pedindo que a memória do Parque Cesamar e a memória de Palmas seja respeitada”, avisa.