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Em greve e sem armas, policiais impedem entrada de drogas e celulares na CPP de Guaraí

11/03/2015 15h58 - Atualizado em 19/03/2015 19h51
Em greve e sem armas, policiais impedem entrada de drogas e celulares na CPP de Guaraí
Foto: Guaraí Notícias

Em greve desde o dia 25 de fevereiro e agora desarmados por determinação do governador Marcelo Miranda, policiais civis impediram, na noite de segunda-feira, 16 de março, o ingresso de drogas e celulares na CPP/Guaraí (Casa de Prisão Provisória de Guaraí), a 178 quilômetros de Palmas.

Conforme informações fornecidas pela direção da CPP/Guaraí à imprensa da cidade, os policiais, mesmo sem armas, equipamentos e colocando em risco a própria vida, interceptaram uma trouxa feita de pedaços de pano com 300 gramas de maconha, três aparelhos celulares e dois carregadores. Os objetos foram abandonados por uma pessoa não identificada, que estaria tentando joga-los por cima do muro da unidade,
“A situação já é constrangedora. Esse ato dos colegas foi heróico. Correram risco imenso”, ressaltou o presidente do Sinpol-TO (Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins), Moisemar Marinho. Diferentemente de Palmas, policiais militares não foram designados para cuidar da CPP/Guaraí.

Os policiais entraram em greve após aguardar, e não receber, uma proposta sequer da administração estadual para o cumprimento da lei 2.851/2014, que teve seus efeitos suspensos por decreto do governador Marcelo Miranda.

A lei regulamenta conquista histórica dos policiais civis, com o alinhamento da carreira de cerca de 1,3 profissionais. O alinhamento foi promovido pelo próprio governador Marcelo Miranda em 2007, na sua penúltima gestão.

Porém, só foi regulamentação da conquista se arrastou por todos os governos seguintes e só veio a ocorrer em abril do ano passado, para ter efeitos financeiros parcelados em quatro vezes a partir de 2015.

A parcela de 2015 do alinhamento corresponde a apenas 1% da folha de pagamento do Estado e não ultrapassa mensalmente o percentual de 21% do que o Estado tem para gastar com o pagamento de salários de cargos comissionados. (Da Ascom Sinpol)

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