Segurança e Justiça

GREVE

Cerca de 730 armas são entregues por policiais civis ao Estado

17/03/2015 10h48 - Atualizado em 17/03/2015 16h01
Cerca de 730 armas são entregues por policiais civis ao Estado
Divulgação

Ate às 18h desta segunda-feira, 16, foram entregues, ao todo, 730 armas, além de quantidade excessiva de munições e outros objetos de trabalho dos servidores da Polícia Civil em greve desde o dia 25 de fevereiro. A parcial é do Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol), uma das entidades que coordena o movimento. A entrega foi feita na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), em Palmas.

De acordo com o presidente do Sinpol, Moisemar Marinho, além de servidores da Capital, policiais civis do interior também devolveram seus objetos de trabalho. "Gostaríamos de esclarecer mais uma vez a população que a determinação de entregar as armas foi uma atitude intimidatória do governo do Estado, que mandou, por meio de portaria, que os policiais entreguassem as armas", disse.

A portaria da qual se referiu o presidente do sindicato foi publicada na sexta-feira, 13, no Diário Oficial do Estado, assinada pelos titulares da SSP e Defesa Social. Conforme o documento, os servidores devem entregar as armas sob pena de serem acionados por peculato e formação de quadrilha.Em nota,o comando de greve pediu compreensão da população e elencou os motivos que fizeram tomar a decisão (veja abaixo a nota na íntegra).

Delegados
A greve contou nesta tarde com a adesão de delegados, que também entregaram as armas e munições. Para Marinho, a adesão dos delegados significa adesão "à justa reivindicação da categoria". "Queremos que o governo cumpra uma lei. E a adesão dos delegados muito nos honra, pois a Polícia Civil é uma só, feita por todos as categorias."

A entrega das armas começou pela manhã e se estendeu até o final da tarde. De acordo com Moisemar Marinho, outros servidores deverão fazer o mesmo nos próximos dias. "Os servidores atenderam ao chamado, cumprindo aquilo que o Estado determinou. Agora, esperamos a contrapartida do Estado, que sente conosco e negocie para por um fim ao impasse criado por ele, que simplesmente anulou uma lei por decreto", declarou.

Greve
Os policiais entraram em greve após o governador Marcelo Miranda (PMDB) suspender, por decreto, os efeitos financeiros da Lei 2.851 de 2014. A Legislação o alinhamento da carreira dos servidores.O alinhamento foi promovido por Marcelo Miranda em 2007, na sua penúltima gestão. Porém, a regulamentação só veio a ocorrer em abril de 2014, para ter efeitos financeiros parcelados em quatro vezes a partir de 2015. A parcela de deste ano corresponde a apenas 1% da folha de pagamento do Estado, conforme o Sinpol. (Da Ascom Sinpol)

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