Fred Alves
Um grupo formado por 14 integrantes da Polícia Civil, entre eles, um delegado, escrivães e agentes de polícia, esteve na Câmara Municipal de Pedro Afonso, na manhã desta terça-feira, 3 de março.
A visita serviu para a categoria explicar os motivos da greve deflagrada no último dia 25 de fevereiro. “Não estamos reivindicando aumento salarial, mas sim a manutenção de um direito adquirido que foi suspenso pelo Governo do Estado. Viemos trazer a informação correta para a sociedade”, explicou o agente Fransber Oliveira. Ele lembrou que os integrantes da Polícia Civil entraram em greve geral depois de esgotadas todas as tentativas de negociação com o Governo do Estado, que segundo a categoria, suspendeu via decreto, os efeitos financeiros conquistados através da lei 2.851/2014, que regulamentava a progressão das carreiras do nível médio ao superior.
Conforme o policial civil, ao contrário do que foi dito pela administração estadual, a equiparação salarial da categoria terá um impacto de apenas 1% na folha de pagamento do funcionalismo público estadual.
Já o delegado Wlademir Costa criticou a postura do governo em usar um decreto para tentar revogar uma lei, o que segundo ele, fere a legislação vigente. “Será se voltamos à era ditatorial?”, questionou, assegurando que apesar da greve, 30% do efetivo está trabalhando e os serviços essenciais estão sendo cumpridos, como por exemplo, atendimento a flagrantes, cumprimento de alvarás de soltura, casos de crimes contra a vida e atendimento a idosos. Costa também destacou o trabalho dos policiais. “Mesmo sem reconhecimento, os policiais estão motivados. A greve é por um direito legítimo”, afirmou.
A presidente da Câmara de Vereadores, Lili Benício (PSD), e a vereadora Sirleide do Movimento (PMDB), pediram que fosse registrado em ata, o repúdio pela atitude do governador Marcelo Miranda (PMDB) em revogar, via decreto, a lei que assegurava o direito a paridade aos policiais civis. “Por ter apoiado o governador fico triste com essa atitude, por ele não ter sido democrático e discutido com a categoria. Acho que faltou diálogo”, discursou Sirleide.
“Registre meu repúdio pela atitude do governador”, completou Lili, afirmando que será elaborado um ofício e encaminhado ao governador e a deputados estaduais a fim de tentar sensibilizá-los sobre os direitos dos policiais civis.
Além das duas vereadoras também participaram da sessão os parlamentares Sipriano (PMDB), Irene do Sindicato (PDT), Toinho (PTB) e Salim (PTB). Não estiveram presentes Mirleyson Soares (PT) e Rodrigo Lustosa (PSD).