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ALERTA
Campanha vai informar sobre cuidados para evitar Leishmanioses
O município de Pedro Afonso realizará durante o mês de outubro a “Semana de Mobilização contra as Leishmanioses”, entre os dias 06 e 13 – mas as ações contra a doença se estenderão por todo o mês. Segundo o técnico do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Pedro Afonso, Romulo Bezerra Lima, agentes comunitários de saúde e agentes de vigilância em saúde irão informar aos moradores do município quais os cuidados eles devem ter no ambiente domiciliar para evitar a propagação da doença. Além disso, a equipe de Vigilância Sanitária do município também realizará inspeções nos comércios onde o acondicionamento do lixo é feito de forma inadequada, orientando para solução do problema, e as escolas terão palestras, para que crianças e adolescentes colaborem no combate ao mosquito transmissor da doença.
As primeiras ações da campanha estão previstas para o dia 06 de outubro, com uma palestra na escola municipal Sousa Aguiar e o início das visitas domiciliares e no comércio. Mas o “Dia D” da ação, com o lançamento da campanha de prevenção das leishmanioses, será no dia 07 de outubro, às 8h, no auditório da prefeitura, com a apresentação das ações a serem desenvolvidas e metas projetadas. As palestras nas escolas prosseguirão até o dia 13, passando pela escola municipal Jandevam (dia 07), colégio Cristo Rei (dia 08), escola estadual Ana Amorim (dia 09), escola estadual Pádua Fleury (dia 10) e escola COED (dia 13).
De acordo com Romulo, entre 2011 e agosto deste ano, Pedro Afonso registrou 19 casos de leishmaniose visceral e 26 casos de leishmaniose tegumentar. Com a realização da campanha e a conscientização da comunidade, o CCZ espera reduzir os índices da doença, que apresentam tendência de queda graças ao trabalho que tem sido realizado pelo centro: em 2013, somando as duas leishmanioses, foram registrados 15 casos da doença, enquanto que em 2014, até o momento, apenas 05 casos foram confirmados.
Leishmanioses
As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmânia, transmitidos ao ser humano pelo popular mosquito-palha – um inseto pequeno, de cor amarelada. De modo geral, as doenças se dividem em leishmaniose tegumentar americana – que ataca a pele e as mucosas – e leishmaniose visceral, que ataca órgãos internos.
A leishmaniose tegumentar causa lesões na pele, e em casos mais graves ataca também as mucosas do nariz e da boca. Já a leishmaniose visceral afeta as vísceras, sobretudo o fígado, baço, gânglios linfáticos e medula óssea, podendo levar a morte quando não tratada. Os sintomas da doença incluem febre, emagrecimento, anemia, aumento do fígado e do baço, hemorragias e imunodeficiência. O diagnóstico é feito por cultivo de material obtido dos tecidos infectados, e o tratamento é realizado com medicamentos – principalmente antimoniato de meglumina (Glucantime). Não existe vacina contra a doença, que é prevenida evitando-se a proliferação do inseto transmissor. (Da Assessoria)
