JD Matos
Um total de 400 famílias mora no Acampamento Olga Benário, que fica localizado nas margens da BR-153, próximo ao município de Fortaleza do Tabocão. Um dos integrantes do Coletivo de Juventude do Movimento Sem Terra, Hony Riquison Sobrinho, denuncia o descaso que essas famílias estão passando por parte da prefeitura daquela cidade.
Segundo o integrante do movimento, as famílias não tem tido acompanhamento do Sistema Único de Saúde (SUS); as 78 crianças, que estudam nas escolas públicas, passam mais de semana sem ir, devido a falta do transporte escolar. “A gente tem grande indignação com o descaso por parte da prefeitura municipal, que parte de forma preconceituosa com as famílias, desde o começo da criação da comunidade cobramos assistência e fomos negados, principalmente na saúde, pois uma vez recebemos um agente de saúde e até hoje nada”, lamenta.
Ainda de acordo com Hony, o agente de saúde passa em frente ao acampamento, mas não vai visitar as famílias que estão no local. “Temos muitas crianças passando por situação que necessita de um acompanhamento diário como de direito. As famílias acabam perdendo algumas informações por falta dessas visitas, por exemplo, vacinação do filho, consulta médica”, explica.
Transporte escolar
Hony comenta ainda sobre a situação do transporte escolar para as crianças que moram no acampamento. Segundo o integrante do movimento, os alunos faltam constantemente nas aulas devido a falta do ônibus. “O transporte escolar está quebrado ou está pra Palmas, sendo que para outras regiões nunca quebra e nunca sai da cidade, e porque só o transporte dos filhos de sem terra passa por isso? Será que é implicância e preconceito?”, desabafou.
Ainda segundo Hony, quando os acampados vão atrás de alguma informação ou do motivo do transporte não ter ido buscar os alunos, são mal atendidos na prefeitura. “Para outras regiões eles são priorizados, e hoje temos alunos que tem que ir de van pra cidade sem nenhuma condição financeira”, diz.
De acordo com o integrante do movimento, 78 alunos que necessitam de estudar e que sujeitos a ficarem semanas sem ir à escola, o que acaba prejudicando no desenvolvimento escolar. “É um descaso com o transporte; fica muito dias sem buscar na semana, fica um dois dias sem ir, sem justificativa e tem tempo que fica semana”, finalizou contrariado.
Município
O Centro-Norte Notícias tentou falar com o prefeito Flávio Soares, conhecido como Flavinho (SD), até o fechamento desta matéria, mas ele não atendeu a nenhuma das ligações.
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