Fred Alves
Foram divulgadas na quinta-feira, 4 de setembro, as sentenças proferidas pelo juiz Milton Lamenha de Siqueira, que condenam 12 pessoas presas na Operação Renascimento. A operação teve o objetivo de combater o tráfico de drogas na região de Pedro Afonso. As condenações foram por tráfico e associação ao tráfico de drogas.
Os réus estavam presos preventivamente na Casa de Prisão Provisória de Guaraí, no Presídio Feminino de Pedro Afonso e na Cadeia Pública de Colinas do Tocantins.
Os condenados reincidentes receberam as maiores penas. Alamires Campos Pereira foi condenado por tráfico de drogas a 9 anos e 4 meses de prisão mais 933 dias-multa, e a 4 anos de prisão e 800 dias multa por associação ao tráfico. Andreia Aires Carvalho recebeu penas de 8 anos e 2 meses de prisão mais 816 dias-multa, e de 4 anos e 800 dias-multa, respectivamente por tráfico e associação ao tráfico. O casal Rosangela Maria da Silva e Dione Lopes de Sousa foi sentenciado a 8 anos de prisão em regime fechado e 800 dias-multa. Todos eles podem recorrer das sentenças.
Regime semiaberto
Leandro Barros Abreu recebeu duas condenações: um por tráfico de 4 anos e 8 meses de reclusão e 465 dias multa, e outra por associação ao tráfico, com pena de 3 anos de reclusão e 700 dias-multa. Ele vai cumprir pena no regime semiaberto, assim como os demais que foram condenados por tráfico de drogas. Geyson Pereira Grolla, Marcos Paulo Mendes Guida, Fabiano Souza da Luz, Edivan Pulgas de Oliveira, Waldivan Barbosa Barros e Joel Lopes de Castro foram condenados a 5 anos e 10 meses de reclusão e 580 dias-multa; e Gabriel Vinicius dos Santos Pinto Abreu foi condenado a 4 anos e 8 meses de reclusão e 465 dias-multa.
A justiça concedeu o direito a eles recorrerem em liberdade, tendo em vista que não há estabelecimento adequado em Pedro Afonso para o cumprimento do regime imposto e os outros estabelecimentos prisionais do Tocantins não possuem vagas.
A reportagem do CNN apurou que só falta ser divulgada a sentença de Wanderson Alves da Silva, que está preso na Cadeia Pública de Colinas do Tocantins. Mauro Carneiro Cavalcante, o “Mauro Black”, que teve a prisão decretada, é considerado foragido da justiça, conforme informações repassadas pela Polícia Civil de Pedro Afonso.
MP vai recorrer
Apesar de elogiarem as condenações dos presos na Operação Renascimento, os promotores de justiça Juan Rodrigues Carneiro Aguirre e Luiz Antônio Francisco Pinto informaram, com exclusividade, à reportagem do CNN que vão recorrer das sentenças dos presos que devem cumprir o regime semiaberto, por considera-las brandas. “Vamos entrar com recursos nos próximos dias para aumentar as penas, pois achamos que devem ser maiores”, disse o promotor Juan Aguirre.
Investigações
Sob o comando do delegado Wlademir Costa e participação efetiva das equipes da Delegacia de Polícia Civil de Pedro Afonso, as investigações da Operação Renascimento iniciaram em abril de 2013. A ação foi desencadeada em 20 de dezembro do mesmo ano, pela Polícia Civil com apoio da Polícia Militar. Cerca de 60 agentes de segurança participaram. No desenrolar foram presas 17 pessoas, mas algumas foram liberadas.