Segurança e Justiça

CRIME BÁRBARO

Dois dos seis acusados confessam ter assassinado rapaz em Itacajá

17/08/2014 15h42 - Atualizado em 20/08/2014 16h02
Dois dos seis acusados confessam ter assassinado rapaz em Itacajá
Arquivo CNN

Fred Alves

Com início às 14 horas e término por volta das 20 horas, foi realizada na terça-feira, 12 de agosto, a primeira audiência do processo criminal sobre a morte de Domingos Tavares da Silva, 25 anos, violentado sexualmente e assassinado com golpes de pedaços de madeira na cabeça. Além de morto e estuprado, o rapaz teve o corpo enterrado em uma mata e, semanas depois, o crânio dele foi usado como objeto para fotografias tiradas por acusados pelo crime. As fotos foram encontradas armazenadas no celular de um dos suspeitos de ter cometido o delito.

O crime ocorreu numa carvoaria na Fazenda Lago Azul, há 12 km do Povoado Donzela, no município de Itacajá.

O delito foi descoberto a partir de uma denúncia anônima informando que o fato aconteceu em 29 de dezembro de 2013.

Os acusados Ismael Santos Lima, Luis Carlos Soares Ribeiro, Ivan de Sousa Ribeiro, Elieldon Almeida Ferreira, Leonardo da Silva Cunha e John Lenno Ferreira de Jesus, foram denunciados pelo promotor Guilherme Cintra Deleuse por quatro crimes: homicídio qualificado, ocultação de cadáver, vilipêndio a cadáver e estupro.

A audiência foi conduzida pelo juiz Marcelo Eliseu Rostirolla. A defesa dos réus é feita pelos defensores públicos Teresa de Maria Bonfim Nunes, Evandro Soares da Silva e Adir Sobrinho, e pelo advogado Wilson Gomes de Melo, que não compareceu a audiência por motivos de saúde, mas foi substituído por uma advogada.

Na ocasião foram ouvidas testemunhas de acusação e de defesa, alem de realizado o interrogatório dos réus.

A reportagem do CNN recebeu a informação de que durante a audiência, Ismael Santos Lima e Elieldon Almeida Ferreira confessaram ter cometido o assassinato porque após ingerirem juntos uma quantidade grande da cachaça, a vítima teria começado a importunar o grupo. Já Ivan de Sousa Ribeiro confessou ter aberto a cova e enterrado o corpo de Domingos Tavares da Silva. Os três teriam dito que devido ao grau de embriaguez não lembravam de muitos detalhes sobre os fatos ocorridos no dia do crime.
Outra informação é que os acusados teriam relato que na semana que antecedeu o assassinato teriam consumido quase 120 litros de cachaça.

Antes da decisão do juiz de levar ou não os réus para júri popular, ainda falta ouvir o delegado Joelberth Nunes de Carvalho, responsável pela condução do inquérito. Em seguida vem a fase das alegações finais do Ministério Público e da defesa.

Todos os réus continuam presos na Cadeia Pública de Araguacema.
  

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