Fred Alves
Foi grande a movimentação nesta quinta-feira, 22 de maio, no Fórum de Pedro Afonso, quando aconteceram as primeiras audiências de instrução do processo penal que trata da acusação de pessoas que estariam envolvidas com tráfico de drogas na região de Pedro Afonso. Elas foram presas durante a Operação Renascimento, desencadeada em 20 de dezembro de 2013, pela Polícia Civil com apoio da Polícia Militar.
As oitivas, iniciadas por volta das 13h30 e concluídas às 21h40, tratam dos processos de 12 acusados, presos preventivamente desde fevereiro deste ano na Casa de Prisão Provisória de Guaraí e no Presídio Feminino de Pedro Afonso.
As audiências foram presididas pelo juiz Milton Lamenha de Siqueira e contaram com a participação do promotor de Justiça Juan Rodrigues Carneiro, do defensor público Luis Gustavo e dos advogados Carlos Noleto e Fabrício Alves Rodrigues. Os três últimos são responsáveis pela defesa dos acusados.
Na ocasião foram ouvidas testemunhas de defesa e de acusação, entre elas, o responsável pela condução do inquérito, delegado Wlademir Costa, policiais civis que realizaram as investigações e prisões de acusados, além de usuários de drogas que afirmaram ter comprado drogas de alguns dos acusados.
Por decisão do juiz Milton Lamenha de Sirqueira será enviada uma carta precatória para que os homens presos sejam interrogados em Guaraí, onde estão encarcerados. Ainda não há data para os interrogatórios.
Na parte interna e também nas proximidades foi grande a movimentação de familiares e amigos dos acusados, além de curiosos.
Investigação
O relatório da Operação Renascimento, que combate o tráfico de drogas na região de Pedro Afonso, foi apresentado pela Polícia Civil ao Poder Judiciário no dia 28 de fevereiro.
A prisão preventiva de 17 pessoas foi decretada no dia 17 de fevereiro pelo juiz da Vara Criminal de Pedro Afonso, Miltom Lamenha de Siqueira. O pedido de prisão preventiva feito pelo delegado Wlademir Costa, que coordena as investigações, foi fundamentado na constatação da redução de delitos e no restabelecimento da ordem pública.
Os membros do Ministério Público denunciaram Wanderson Alves da Silva (“Piolho”), Marcos Paulo Mendes Guida (“Marquito”), Waldivan Barbosa Barros (“Dumal”), Andréia Aires Carvalho, Deusa Brito de Almeida, Rosangela Maria da Silva, Dione Lopes de Sousa, Gabriel Vinícius dos Santos Pinto (“Zóio”), Leandro Barros de Abreu, Fabiano Sousa da Luz (“Dudu”), Edivan Pugas de Oliveira, Geyson Pereira Grolla, Joel Lopes Castro (“Neguinho”), Alamir Campos Pereira e Mauro Carneiro Cavalcante, o “Mauro Black”. Entre os acusados apenas Mauro Carneiro está foragido, os demais estão presos preventivamente há mais de três meses. Os homens na Casa de Prisão Provisória de Guaraí e as mulheres no Presídio Feminino de Pedro Afonso.
A Operação Renascimento resultou na prisão de 17 envolvidos com tráfico ou associação ao tráfico, ou ambos os crimes, desde dezembro de 2013 até fevereiro deste ano. As investigações começaram em abril do ano passado e permanecem em aberto. Cerca de 60 agentes de segurança participaram da ação.
A Operação atendeu a uma demanda da sociedade e desencadeou novas investigações, uma vez que outras pessoas deram continuidade ao tráfico na região, averiguou a PC.
Pena
Os crimes de tráfico e associação ao tráfico são equiparados a crimes hediondos, portanto inafiançáveis. A pena varia de cinco a 15 anos de prisão e depende do histórico de cada envolvido.