Rafaela Mazzola
Na manhã desta quinta-feira, 03, cerca de 200 pessoas das áreas urbana e rural de Tupirama participaram de uma Audiência Pública que elegeu os trechos para construção de pontes, bueiros, drenagem, entre outras ações no município.
O evento, organizado pela Prefeitura de Tupirama, Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan) e a Agencia de Máquinas e Transportes do Tocantins (Agetrans), foi realizado no Espaço Cultural de Tupirama.
Na ocasião foi assinado um termo de convênio para implantação do Projeto de Desenvolvimento Regional Integrado Sustentável (PDRIS), com o objetivo de proporcionar melhorias nas condições de transporte e das estradas vicinais do município. O investimento é de U$ 375 milhões, desses U$ 300 mi provenientes do Banco Mundial e U$ 75 mi do Estado e atenderá todos os municípios tocantinenses.
Os trechos que precisam de reparo foram elencados e em seguida ordenados por prioridade. O primeiro trecho é a Barra do Tabocão, o segundo Barra da Tranqueira, na sequencia o trecho do Barreiro até Mato Grosso e por último a estrada “Manel Velho”.
O presidente da Câmara Municipal de Tupirama, Zé Pereira (PSDB), questionou sobre a possibilidade de estabelecer parcerias com o Projeto para que a área atendida fosse ampliada.
“É questão de a prefeitura fazer a negociação, o momento vai ser oportuno, já que as máquinas vão estar aqui”, disse a chefe executiva da Unidade de Gerenciamento de Projetos da Seplan, Olivia Coelho Macedo.
Na oportunidade, o prefeito de Tupirama, Tião (PTB), anunciou que está aguardando a chegada de uma patrola e uma caçamba para dar início a manutenção de estradas vicinais. O gestor interrogou como vai ser a escala de trabalho para atender os municípios.
“O cronograma vai ser baseado conforme a aproximação entre municípios para reduzir custos”, respondeu Olívia.
Próximo passo
Assim que a relação dos trechos for encaminhada para a Agetrans, técnicos do órgão vão ser enviados para avaliação. “O planejamento é que até outubro todas as licitações tenham sido feitas para dar início às obras ainda este ano”, revela o engenheiro civil da Agetrans, Sérvio Tulho.
Valor do recurso não vai ser padrão
Os recursos para a realização das obras são do Bando Mundial e não há contrapartida do município, de acordo com o engenheiro.
Para a destinação dos recursos para cada município, três fatores são levados em conta: número de habitantes, extensão do município e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo Olívia.
“A área atendida vai depender do limite do recurso por município”, explica Tulho. A Agetrans vai entrar com o apoio técnico para fazer o levantamento das obras, medições, acompanhamento e fiscalização.
População aguarda com expectativa
O agricultor Sebastião Pereira da Silva, 40 anos, disse que sofre com a situação atual das estradas e pontes. “Meu menino precisa fazer um desvio de 22 km para ir até a escola porque a ponte do córrego São João é perigosa e carro pesado não passa mais”, relata.
“Eu espero que realmente aconteça, que o trabalho seja realizado. Nós precisamos muito”, disse a agricultora Marliete de Oliveira Gomes da Silva, 58 anos, que mora na região entre Bom Será e Rio dos Bois.