Rafaela Mazzola
Um grupo de taxistas de Pedro Afonso compareceu na Câmara Municipal na manhã da quarta-feira, 19, para pedir o apoio dos vereadores para providenciar melhores condições de trabalho para a classe.
As principais queixas são a atual falta de estrutura nos pontos e a atuação de taxistas clandestinos no município e cidades vizinhas.
De acordo com o grupo, no início do mandato do prefeito Jairo Mariano (PDT), aconteceu uma reunião na qual o gestor assegurou que iria auxiliar os taxistas na ampliação da estrutura dos pontos, principalmente no Centro Popular Carlos Cardoso, o “Pop Shopping”. Também na ocasião Mariano teria feito algumas recomendações para a classe, como a padronização visual dos veículos, por exemplo. No entanto, até o momento, nada teria sido feito, relata o grupo.
“Nós queremos uma cobertura para trabalhar melhor e proteger os carros do sol e da chuva. O prefeito garantiu que iria nos ajudar e inclusive construir um novo ponto, mas o local não foi definido. Estamos a deriva”, alegou o taxista Alessandro Porto.
A vereadora Sirleide do Movimento (PMDB) se propôs a fazer uma indicação ao Poder Executivo para que o acordo seja cumprido.
“Pagamos nosso aluguel em dia. Eu tenho alvará de funcionamento. Merecemos um mínimo de conforto”, acrescenta Porto.
Durante a reunião, foi levantada a possibilidade de revogar a Lei 52/2009 que dispõe sobre a atividade de classe. O presidente da Câmara, vereador Coelho (DEM), declarou que vai acionar a assessoria jurídica do parlamento para auxiliar a vereadora Sirleide na revisão da Lei.
O vereador Sipriano Soares (PMDB), pontuou que as sugestões na nova lei precisam ser discutidas com cautela para não acarretar monopólio ou cartel. “Temos que avaliar os dois lados, o dos taxistas e o da população. Queremos garantir para a população um serviço bom e rápido com o preço justo”, completa o parlamentar.
A vereadora Sirleide comentou que os colegas só votam em leis que beneficiam a comunidade. “Temos que revogar a lei que já existe e fazer outra. Existe uma Lei Federal sobre isso. Vamos nos atentar para todos os aspectos”, disse Sirleide.
Segundo o taxista Aloísio Colombiano, atuam em Pedro Afonso 11 taxistas e dez mototaxistas.
O grupo também criticou a falta de fiscalização do poder público para punir a atuação de taxistas ilegais. Eles relataram que alguns condutores têm ultrapassado a quantidade máxima de passageiros e que apesar de denunciarem essas e outras ilegalidades a situação permanece.
Prefeitura não pode construir infraestrutura
O prefeito Jairo Mariano (PDT) informou que consultou a assessoria jurídica da prefeitura, que comunicou que o poder público não pode construir a estrutura para uma atividade econômica privada. “Taxi é uma atividade econômica, cada empresa é responsável por sua manutenção. Em caso de rodoviária, que é pública, e fosse necessário estender a cobertura para o embarque de passageiros, aí seria diferente”, acrescenta o gestor.
“Estou de portas abertas para sentar e conversar com os taxistas, inclusive para discutir as exigências que não foram cumpridas por parte deles”, conclui Mariano.